PSC formaliza apoio a Armando Monteiro Neto nas eleições 2018

Ato será em Jaboatão dos Guararapes, segundo maior colégio eleitoral do Estado e principal reduto da família que comanda o partido no Estado

PUBLICIDADE

Por Kleber Nunes
Atualização:

RECIFE - O PSC formaliza nesta terça-feira, 26, o ingresso na chapa de oposição encabeçada pelo pré-candidato ao governo de Pernambuco, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), nas eleições 2018. A adesão à oposição acontece cinco dias depois de o partido anunciar, na quinta-feira, 21, o rompimento com o governador e pré-candidato à reeleição Paulo Câmara (PSB). 

O bloco "Pernambuco vai mudar" tem confirmado Armando Monteiro Neto (PTB) para o governo. Foto: Dida Sampaio|Estadão

PUBLICIDADE

Com a chegada da sigla, que tem inserção no eleitorado evangélico, o grupo intitulado "Pernambuco vai mudar" passa a reunir oito partidos – DEM, PSDB, Podemos, PRB, PV, PPS e PSC, além do PTB. A coligação de Câmara tem ao todo 14 legendas.

O ato de adesão do PSC à frente da oposição será em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife. A cidade é o segundo maior colégio eleitoral do Estado com mais de 450 mil eleitores, segundo o Tribunasl Regional Eleitoral (TER-PE) e é governado por Anderson Ferreira (PR), irmão do presidente estadual do PSC, André Ferreira.

++ Confira a página sobre a cobertura regional das eleições 2018

O prefeito, assim como o irmão mais novo, o vereador do Recife, Fred Ferreira (PR), também romperam com as gestões do PSB no Recife e no Estado. A saída do clã dos Ferreira deve resultar na entrega de quase 40 cargos públicos na Prefeitura do Recife e no Governo do Estado. A família detinha o comando da Secretaria de Habitação da capital e da Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI).

"Ao contrário de outros partidos que estão barganhando cargos para se manter no poder, nós estamos entregando os nossos quase 40 cargos por acreditar nesse projeto de Armando Monteiro Neto para o Estado, pois o que está aí (do PSB) não serve mais", afirmou o presidente do PSC, André Ferreira, que também é deputado estadual.

O parlamentar disse que durante os três anos e meio em que esteve ao lado de Paulo Câmara (PSB) "o diálogo sempre foi muito difícil". Segundo ele, foram inúmeras as críticas e demandas aos problemas da gestão, mas nenhuma acolhida. "Assim como eu, muitos pernambucanos estão frustrados, por isso estamos aderindo a um projeto que quer devolver a importância que Pernambuco sempre teve no cenário regional", disse.

Publicidade

++ Alvaro Dias resiste a apoiar a candidatura do irmão no Paraná

O PSC possui 54 vereadores, dois vice-prefeitos e dois deputados estaduais, incluindo o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado Guilherme Uchôa, aliado histórico do PSB. Segundo André Ferreira, o parlamentar "pode ficar à vontade" em apoiar o governador. Segundo ele, "isso será encarado de forma tranquila". Para as eleições deste ano, a legenda tem como meta eleger mais dois deputados estaduais e sete federais.

Depois do rompimento, o PSB divulgou nota acusando "o grupo familiar dos Ferreira de enxergar apenas sua participação (na Frente Popular) ocupando uma das vagas que disputará o Senado da República. Não haverá espaço na futura chapa majoritária para o referido grupo", informou o texto assinado pelo presidente estadual da legenda, Sileno Guedes.

O bloco "Pernambuco vai mudar" tem confirmado Armando Monteiro Neto (PTB) para o governo e o deputado federal Mendonça Filho (DEM) para uma das vagas ao Senado. A segunda vaga o PPS e o PSDB. Os tucanos também almejam a vice-governadoria.