Marina defende simplificação e desburocratização de impostos

Presidenciável da Rede disse ainda que a reforma trabalhista precisa ser aperfeiçoada

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Por Camila Turtelli
Atualização:

SÃO PAULO - A pré-candidata à Presidência da Rede, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira, 5, que pretende simplificar e desburocratizar os tributos no País. "Podemos não onerar a cesta básica e favorecer os segmentos mais pobres da sociedade", disse em entrevista transmitida ao vivo ao site Metrópoles. A pré-candidata citou a ideia descentralizar e unificar os impostos, citando brevemente um estudo realizado pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCif), que prevê a substituição de cinco tributos atuais - PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS - por um único. 

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Marina voltou a falar sobre questões trabalhistas e disse que a legislação precisa ser aperfeiçoada. "Não há dúvida de que precisamos de grandes reformas no Brasil, mas a trabalhista não pode ser para precarizar relações. Ninguém pode chamar de modernização uma mulher trabalhar em uma situação de risco estando grávida", afirmou.

Marina Silva, pré-candidata da Rede à Presidência. Foto: Dida Sampaio/Estadão

A pré-candidata disse ainda que pretende priorizar questões de saúde no País, com atenção ao SUS e às regras aos planos privados. Ela chegou a comentar também questões econômicas. "O câmbio deve se manter flutuante, mas os mecanismos existentes devem ser acionados para proteger a moeda local", disse.

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Sobre seu vice, Marina afirmou que Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, é uma das possibilidades, mas que o partido também está estudando outros nomes. A pré-candidata também disse que não se oporia a compor um ministério com nomes de partidos como PT e PSDB.

"Não tenho preconceito em recrutar bons quadros que por ventura estejam filiados a esses partidos", disse. Antes, porém, a pré-candidata criticou duramente as eleições de 2014 que tiveram Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. "As últimas eleições foram uma fraude. Pela mentira, violência, abuso do poder econômico e pelo uso de caixa dois", afirmou.

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