PUBLICIDADE

Em carta, Lula diz a prefeitos que PEC do teto inviabilizará gestão de municípios

Congresso, que começou na segunda-feira (11) e vai até amanhã (14), conta com a participação de alguns presidenciáveis, como Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), João Amoedo (Novo), Aldo Rebelo (SD) e João Vicente Goulart (PPL)

Por Marcelo Osakabe
Atualização:

 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, em carta lida durante um Congresso de Prefeitos realizado em Santa Catarina, que o teto dos gastos aprovada em 2016 pelo presidente Michel Temer irá "inviabilizar" a gestão não apenas do governo federal, mas também dos municípios.

PUBLICIDADE

+ Fischer nega pedido de Lula para suspender prisão no caso do triplex

"Vocês sabem o que irá significar a PEC dos gastos para os municípios. O País não pode apenas ficar no rumo dos cortes de investimentos e políticas sociais", disse Lula em documento lido no evento da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) pelo ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza. O Congresso, que começou na segunda-feira (11) e vai até amanhã (14), conta com a participação de alguns presidenciáveis, como Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), João Amoedo (Novo), Aldo Rebelo (SD) e João Vicente Goulart (PPL).

O ex-presidene Lula está preso em Curitiba desde o dia 7 de abril Foto: Nacho Doce / Reuters

Aos prefeitos, o líder petista, que está preso na carceragem da Polícia Federal de Curitiba, condenado a doze anos e um mês no caso do tríplex do Guarujá, desafiou a acharem "governo que levou mais recursos para Santa Catarina que o meu" e reafirmou sua candidatura ao Planalto este ano. "Se tiver a honra de ser presidente do Brasil mais uma vez, haverá diálogo e respeito mais uma vez", declarou.

+ Vaticano nega que Papa Francisco tenha enviado presente a Lula

Lula reiterou ainda sua inocência e disse que foi condenado "para evitar que o povo brasileiro mande eu passar mais quatro anos no Palácio do Planalto". Por outro lado, o ex-presidente se disse confiante na vontade da população. "Os dias atuais podem parecer difíceis. Mas, como diz a música de Chico Buarque, amanhã há de ser outro dia, dia em que o povo vai manifestar sua vontade de forma democrática nas urnas. E sei que é essa vontade que vai tirar o Brasil dessa situação". 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.