'É que nem água e óleo’, diz marqueteiro de Alckmin sobre PSDB e Rede

Lula Guimarães considera 'muito difícil' uma aliança entre os tucanos e Marina Silva; ele diz que pesquisa Datafolha consolida presidenciável tucano como candidato de centro

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Por Marianna Holanda
Atualização:

SÃO PAULO - Lula Guimarães, marqueteiro do ex-governador Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB na disputa eleitoral, afastou nesta segunda-feira, 11, a possibilidade de aproximação entre o PSDB e a pré-candidata Marina Silva (Rede).

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“Acho muito difícil acontecer, boto pouquíssima fé”, disse Lula, sobre possível aliança. A possibilidade tem sido aventada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “É que nem água e óleo, não se misturam”, completou o marqueteiro, que também trabalhou com a presidenciável da Rede na última eleição.

As declarações foram dadas após participação no Fórum Estadão-Faap Campanha Eleitoral e Fake News, realizado na manhã desta segunda, em São Paulo. 

O pré-candidato do PSDB à Presidência Geraldo Alckmin Foto: Dida Sampaio/Estadão

Pesquisa Datafolha divulgada no domingo, 10, mostra Marina atrás do deputado federal Bolsonaro (PSL), com 15% de intenções de voto, em um cenário sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pré-candidato tucano patina com 7%, atrás dos dois e de Ciro Gomes (PDT), 10%. Questionado sobre o resultado da pesquisa, Lula disse que Alckmin “se consolida como candidato de centro”.

O Estado noticiou nesta segunda-feira que o movimento suprapartidário ligado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que busca viabilizar uma candidatura comprometida com as reformas estruturais, avalia que Marina pode se consolidar como alternativa do chamado "centro democrático" na disputa presidencial. 

Na semana passada, a própria pré-candidata demonstrou ceticismo em relação a uma aliança com o PSDB. Ela disse que não há “identidade programática” entre as siglas. Mesmo reconhecendo as diferenças, interlocutores da Rede reconheceram que, do ponto de vista pragmático e eleitoral, a aliança seria positiva, principalmente do ponto de vista do tempo de TV e rádio.

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