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Análise: Debate ao governo de SP com poucas propostas destaca eleição presidencial

No encontro, personagens nacionais se sobressaíram: Lula, Temer e Bolsonaro, o mais atacado

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Por Rodrigo Prando
Atualização:

No debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, a temperatura não ficou elevada especialmente entre Skaf e Doria, como se imaginava, pois ambos estão tecnicamente empatados em intenções de voto. Houve, ainda assim, momentos mais tensos, mas entre Doria e França, algo que se repete desde o primeiro debate, no caso de França afirmando que tem palavra e que não deixa seus compromissos pela metade, em alusão ao fato de Doria ter deixado a Prefeitura para concorrer ao governo do Estado. Num campo que sempre lhe foi confortável, Doria voltou a criticar o petismo e o ex-presidente Lula.

Debate dos candidatos ao governo de São Paulo na TV Gazeta Foto: Werther Santana/Estadão

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Quando foi afirmado que Doria é o candidato mais rico, em sua resposta a Marinho, o ex-prefeito afirmou que sim, é rico, mas por conta de seu trabalho, diferente de Lula que está preso. As discussões de propostas são, quase sempre, complicadas, dado o modelo do debate e do tempo de respostas, réplicas e tréplicas. Um outro ponto a se destacar é o de usar o espaço para trazer à tona temas nacionais e seus personagens, essencialmente as críticas que foram destinadas a Bolsonaro, em vários blocos, seja nas perguntas de candidatos para seus oponentes ou até nas questões de jornalistas. Em questão do jornalista para Rodrigo Tavares, Bolsonaro foi conectado à extrema direita e ao nazismo, numa citação em alemão. Tavares nem sequer teve condições de responder, afirmando platitudes.

Já nas considerações finais, Lisete, do PSOL, conclamou as mulheres ao ato contra Bolsonaro. No plano das poucas propostas para o Estado, se sobressaíram os personagens nacionais: Lula, Temer e Bolsonaro, o mais atacado. Já ouvi de muitos colegas que, em São Paulo, o cenário é melhor do que na eleição presidencial. Veremos. Mas, ao que tudo indica, um segundo turno entre Skaf e Doria se consolida.

* SOCIÓLOGO DA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

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