O ex-prefeito Fernando Haddad (PT), candidato a vice-presidente nas eleições 2018 e possível substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – condenado e preso na Operação Lava Jato – na eleição presidencial, pretende fazer uma transmissão paralela na internet durante o debate entre candidatos que será realizado pela TV Bandeirantes nesta quinta-feira, 8.
O PT vai insistir, no entanto, que Lula, preso em Curitiba, participe do debate. A legenda considera ainda pedir que a emissora coloque uma cadeira vazia com o nome do ex-presidente durante o programa.
Haddad afirmou que o partido deverá fazer um "debate programático" com a participação de blogueiros. "E nós vamos ganhar em audiência", declarou, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira, 7, ao lado da deputada gaúcha Manuela D'Ávila (PCdoB), escolhida para ser candidata a vice-presidente após possível decisão da Justiça Eleitoral contrária à candidatura de Lula.
Para defender a presença do ex-presidente no debate, o PT alega que ele foi oficializado como candidato durante convenção no último sábado, 4, e que a confirmação foi registrada em ata no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para os demais debates, após o registro da candidatura no dia 15, o núcleo da campanha petista defende que a discussão sobre a presença de Lula ou de um representante nos programas seja feita na Justiça Eleitoral.
"Lula teria, até o deferimento ou não - espero que seja o deferimento do seu pedido -, o direito de participar de tudo. A lei é clara, inclui rádio e TV", disse Haddad.
O coordenador da campanha presidencial do PT, José Sérgio Gabrielli, reforçou que o partido tentará na Justiça, até a última instância, que Lula esteja no debate da Band. "O candidato é Lula. Vamos forçar para que Lula esteja lá". A emissora já informou à campanha que apenas o candidato a presidente deve estar no programa e que não cabe ao canal de televisão buscar que Lula deixe a prisão, em Curitiba, para participar.