A defesa do ex-deputado Cândido Vaccarezza informou por meio de nota nesta quarta-feira, 23, que o ex-líder dos Gvernos Lula e Dilma, na Câmara, pediu afastamento do cargo de presidente estadual do Avante/PT do B. Vaccarezza foi solto pelo juiz federal Sérgio Moro nesta terça-feira, 23, após cinco dias preso na Operação Abate, 44.ª fase da Lava Jato.
"A defesa de Cândido Vaccarezza informa, por meio de nota, que ele apresentou, nesta data, ao presidente do Avante, seu pedido de afastamento da função de Presidente do Diretório Estadual do partido em São Paulo. A decisão permitirá que ele se dedique exclusivamente ao seu tratamento de saúde e a sua defesa", afirmou o advogado Marcellus Ferreira Pinto, que defende o ex-deputado.
O ex-deputado é investigado por supostas propinas de US$ 500 mil oriundas de contratos para o fornecimento de asfalto à Petrobrás. O ex-parlamentar foi preso temporariamente em São Paulo na Abate. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal queriam a conversão da custódia temporária em preventiva.
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A defesa de Vaccarezza havia informado à Lava Jato que o ex-deputado tinha agendado para a segunda-feira, 21, 'uma biópsia de próstata diante da constatação de uma alteração na glândula'. O advogado Marcellus Ferreira Pinto juntou aos autos o agendamento do exame.
Ao mandar soltar o ex-deputado, Moro impôs fiança de R$ 1.522.700,00, a ser paga em dez dias, e cinco medidas cautelares a Vaccarezza.
"Proibição do exercício de cargo ou função pública na Administração Pública direta ou indireta; compromisso de comparecimento a todos os atos do processo; proibição de deixar o país, com a entrega do passaporte a este Juízo em 48 horas; proibição de contatos com os demais investigados, salvo familiares e proibição de mudança de endereço sem autorização do Juízo", determinou o juiz da Lava Jato.