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Vaccarezza denunciado na Lava Jato e devendo fiança de R$ 1,5 mi diz que 'Brasil tem jeito'

Candidato a deputado federal pelo Avante é acusado por formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro, em suposto esquema de corrupção no fornecimento de asfalto à Petrobrás

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Por Julia Affonso
Atualização:

Cândido Vaccarezza. Foto: Geraldo Bubniak/AGB

Denunciado na Operação Lava Jato, o candidato a deputado federal Cândido Vaccarezza (Avante-SP) afirmou a que a acusação contra ele 'se baseia numa delação premiada de uma única pessoa'. Em mensagem a amigos, o ex-líder dos Governos Lula e Dilma na Câmara escreveu que tem 'condições de disputar e ganhar as eleições'.

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"Amigos. O MP me denunciou ontem. Como vocês sabem esta denúncia se baseia numa delação premiada de uma única pessoa, não tem prova, não tem movimentação financeira, não tem enriquecimento ilícito. Sou inocente e vou provar a minha inocência. Temos condições de disputar e ganhar as eleições. Vamos fazer a campanha sem medo e com a certeza da vitória. O Brasil tem jeito e serei a voz da nossa base em Brasília. Nunca vou decepcionar nenhum de vocês. Forte abraço. Vaccarezza", escreveu.

O ex-deputado foi preso em agosto do ano passado na Operação Abate, 44.ª fase da Lava Jato. O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar Vaccarezza, que alegou 'problemas de saúde', mas com imposição de seis medidas cautelares. Uma delas, a fiança de R$ 1,5 milhão.

Vaccarezza deixou a cadeia sem pagar o montante. Na terça-feira, 14, Moro deu um ultimato ao ex-deputado: prazo de cinco dias para o ex-parlamentar acertar as contas.

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Em julho, mesmo devendo R$ 1,5 milhão, Vaccarezza criou uma lista no WhatsApp para arrecadar valores para sua campanha a deputado federal. A 'vaquinha' de Vaccarezza foi revelada pela reportagem do Estadão.

Na quarta-feira, 15, o ex-deputado e mais nove investigados foram denunciados por formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro, em suposto esquema de corrupção relativo ao fornecimento de asfalto pela empresa americana Sargeant Marine à Petrobrás.

A acusação é resultado de investigações que começaram com um relato do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, em acordo de colaboração celebrado com o Ministério Público Federal.

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