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Em resposta ao Ministério da Defesa, Fachin reforça convite para representante das Forças Armadas participar de reunião no TSE

Após general pedir reunião com técnicos do tribunal, ministro diz que a Justiça Eleitoral tem "compromisso público com a concretização de diálogo plural"

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Por Rayssa Motta
Atualização:

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. 

O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reiterou neste domingo, 19, o convite para as Forças Armadas participarem da reunião da Comissão de Transparência das Eleições (CTE) marcada para amanhã.

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O aceno foi feito em resposta ao Ministério da Defesa, que pediu uma reunião entre técnicos das Forças Armas e do TSE para "dirimir eventuais divergências técnicas" nas propostas enviadas pelos militares ao tribunal.

Fachin disse que espera contar com a presença do general Héber Portella, representante do Ministério da Defesa na comissão criada no ano passado para aprimorar o sistema usado nas eleições de 2022. O ministro também enfatizou que "a grande maioria das sugestões apresentadas no âmbito da comissão foram acolhidas".

"A indicar o compromisso público desta Justiça Eleitoral com a concretização de diálogo plural não apenas com os parceiros institucionais, mas também com a sociedade civil. Nessa quadra, impende assinalar que, embora algumas sugestões não tenham sido acolhidas para esse ciclo eleitoral, serão consideradas para uma nova análise objetivando os próximos pleitos", escreveu Fachin.

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As Forças Armadas encamparam uma campanha para revisão do sistema de votação. Os militares enviaram 88 questionamentos ao TSE nos últimos oito meses e reproduziram suspeitas, sem fundamento, lançadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao processo eleitoral. Peritos do tribunal, no entanto, apontaram erros grosseiros no trabalho e rebateram as teses dos militares. Em tréplica enviada na semana passada, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, pediu ao TSE que facilite a auditagem das urnas eletrônicas por partidos políticos. O general, no entanto, mudou o tom ao pedir uma reunião com os peritos da Corte Eleitoral. Ele pregou o "diálogo interinstitucional em prol do fortalecimento da democracia brasileira".

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