Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Primeiro celular invadido foi de promotor de Araraquara

Walter Delgatti Neto, segundo pessoas que tiveram acesso ao seu depoimento, disse que, a partir dos contatos do aparelho de Marcel Zanin Bombardi, teve acesso a outros números de autoridades

PUBLICIDADE

Por Renato Onofre , Patrik Camporez e BRASÍLIA
Atualização:

Walter Delgatti Neto, o 'Vermelho', chega para prestar depoimento na Superintendência da PF em Brasília. Foto: DANIEL MARENCO/AG. O GLOBO

A primeira vítima de Walter Delgatti Neto, o 'Vermelho', preso na terça-feira, 23, suspeito de invadir celulares de autoridades foi um promotor de Araraquara Marcel Zanin Bombardi. 'Vermelho', segundo pessoas que tiveram acesso ao seu depoimento, disse que, a partir dos contatos do aparelho do promotor, teve acesso a outros números de autoridades.

PUBLICIDADE

Conforme informou o Estado nesta quinta-feira, 'Vermelho' afirmou aos investigadores da Operação Spoofing ter dado acesso ao jornalista Glenn Greenwald as informações capturadas do aplicativo Telegram.

De acordo com fontes ouvidas, Walter disse que não pediu nenhuma contrapartida financeira para repassar as informações ao jornalista. A defesa de Glenn, fundador do site The Intercept Brasil, disse, em nota, que "não comenta assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas".

A invasão ao celular do promotor de Araraquara teria como motivação o fato de Vermelho ter sido denunciado por ele, em 2015, em um caso envolvendo tráfico de drogas.

Além de Walter, outras três pessoas estão presas em Brasília suspeitas de participarem da invasão a celulares de altas autoridades dos Três Poderes, entre elas o ministro da Justiça, Sérgio Moro; procuradores da Lava Jato; o ministro da Economia, Paulo Guedes; e a líder do governo Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). As provas foram encontradas em perícias, buscas e apreensões e baseadas em depoimentos dos presos realizados nesta terça.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.