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Por unanimidade, Raquel Dodge é aprovada na CCJ do Senado; indicação vai ao plenário

Indicação do presidente Michel Temer para comando da Procuradoria-Geral da República passou tranquilamente na Comissão de Constituição e Justiça

Por Thiago Faria , Fabio Serapião e de Brasília
Atualização:

Raquel Doge. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Sem polêmicas e por unanimidade, a subprocuradora da República Raquel Dodge teve sua indicação ao comando da Procuradoria-Geral da República aprovada nesta quarta-feira, 12, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A votação no plenário está prevista para ocorrer ainda hoje.

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Raquel foi indicada pelo presidente Michel Temer para ocupar a cadeira que Rodrigo Janot ocupa há quase quatro anos. Na sabatina, que durou 7h20, ela foi questionada sobre temas como a Operação Lava Jato, lei de abuso de autoridade, foro privilegiado mas, principalmente, ouviu críticas à atuação do Ministério Público Federal em casos envolvendo políticos.

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O momento de maior constrangimento durante a sessão, porém, não a envolveu. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) criticou o fato de ter sido alvo de denúncia às vésperas de ser eleito presidente do Senado, em 2013, e sugeriu motivações políticas na ação.

Na época, ele foi denunciado pelo então procurador-geral da República Roberto Gurgel pelo caso envolvendo a jornalista Mônica Veloso.

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Gurgel estava presente na sala e acompanhava a sabatina a pouca distância de Renan.

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"O momento é dificílimo em relação à representação política, mas não dá para generalizar. Porque o modelo é apodrecido, todos que participaram desse modelo cometerem este mesmo de crime?", disse Renan.

Em sua resposta, Dodge defendeu a instituição e disse que o objetivo de todos é sempre acertar. "É uma instituição de pessoas vocacionadas, de pessoas que querem acertar e certamente tem dado o melhor de si para que essa missão constitucional seja cumprida da melhor maneira", disse Raquel.

Logo após a votação, a CCJ aprovou a urgência da indicação e a intenção é votar ainda nesta quarta-feira no plenário do Senado. Para isso, é necessária a presença de ao menos 41 senadores na Casa.

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