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PF faz buscas no escritório do advogado do esfaqueador de Bolsonaro

Objetivo da ação é descobrir quem pagou honorários do advogado Zanone Manoel de Oliveira Júnior, defensor de Adélio Bispo de Oliveira que, na tarde de 6 de setembro, golpeou o então candidato à Presidência no centro de Juiz de Fora, em Minas

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Por Fabio Serapião/BRASÍLIA
Atualização:

Adélio Bispo. Foto: PM-MG

A Polícia Federal está fazendo nesta sexta, 21, buscas no escritório do advogado Zanone Manoel de Oliveira Júnior, que defende Adélio Bispo de Oliveira, o esfaqueador de Jair Bolsonaro. O objetivo da ação, segundo a PF, é descobrir quem pagou os honorários do advogado.

A PF estendeu as buscas para além do escritório de Zanone. Agentes vasculham outros endereços ligados ao advogado, como sua própria residência e empresas.

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Adélio foi preso na tarde de 6 de setembro, logo depois de esfaquear o então candidato à Presidência, que fazia campanha em uma rua do centro de Juiz de Fora, em Minas. Bolsonaro teve de ser internado e passou por duas cirurgias.

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 Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

 Foto: FABIOMOTTA/ESTADÃO

O agressor é réu na Justiça Federal de Juiz de Fora. O Ministério Público Federal o denunciou por violação ao artigo 20 da Lei de Segurança Nacional - 'atentado pessoal por inconformismo político'.

"Adélio Bispo Oliveira agiu, portanto, por inconformismo político. Irresignado com a atuação parlamentar do deputado federal, convertida em plataforma de campanha, insubordinou-se ao ordenamento jurídico, mediante ato que reconhece ser extremo", afirmou o procurador Marcelo Borges de Mattos Medina.

Para o Ministério Público Federal, o esfaqueador pretendia 'excluir Bolsonaro da disputa eleitoral de modo a determinar o resultado das eleições, não por meio do voto, mas mediante violência'.

O esfaqueador pode pegar uma condenação de até 20 anos de reclusão.

A PF finalizou um primeiro inquérito ainda em setembro e concluiu que Adélio agiu sozinho no dia do crime, motivado pelo 'inconformismo político'.

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Um segundo inquérito foi aberto para investigar os dados telefônicos e contatos mantidos por Adélio antes do atentado.

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