Em documento enviado ao Conselho Superior do Ministério Público (CNMP), os procuradores que pediram demissão coletiva da Operação Lava Jato em São Paulo afirmam que a chefe da força-tarefa no estado, Viviane de Oliveira Martinez, criava obstáculos ao avanço das investigações.
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O OFÍCIO DOS PROCURADORES AO CNMPO grupo de sete investigadores pediu desligamento alegando 'incompatibilidades insolúveis' com a procuradora e acusando Viviane de conduzir um um 'processo de desmonte'.
A manifestação reúne uma série de supostas omissões da chefe, que assumiu o cargo em março, e ainda sustenta que ela passou a 'opor resistência' ao aprofundamento de apurações em curso.
Leia o que diz a força-tarefa demissionária sobre a procuradora Viviane Martinez:
1) Nunca participou de reuniões com advogados e com colaboradores,
2) Não participou de qualquer audiência judicial pertinente a casos da Força-Tarefa;
3) Nunca participou de despacho com juízes ou reunião com delegados de Polícia Federal, para tratar de casos da Lava Jato;
4) Nunca se preocupou em assumir para si um único caso sequer desta Força-Tarefa, tornando-se responsável por sua análise, seus despachos, enfim, sua condução, e deixou todo esse encargo exclusivamente com os ora signatários;
5) Nunca minutou, diretamente ou por intermédio de sua assessoria, uma única peça extrajudicial ou judicial em favor do impulsionamento dos casos da Lava Jato paulista, cingindo-se a assinar aquilo que era minutado pelos ora signatários.