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Leia aqui o plano nacional de vacinação do governo federal contra a covid-19

Documento foi entregue ao Supremo Tribunal Federal sem data prevista para início da imunização; governo afirma já ter 'garantido' 300 milhões de doses por meio de três diferentes acordos

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Por Rayssa Motta/SÃO PAULO e Rafael Moraes Moura/BRASÍLIA
Atualização:

 

O governo federal entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 11, o plano nacional desenvolvido pelo Ministério da Saúde para imunizar a população contra a covid-19. A data para início da vacinação não foi divulgada.

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De acordo com o documento, os grupos prioritários para receber a vacina serão profissionais de saúde, idosos, indígenas, pessoas com comorbidades, professores, profissionais das Forças de Segurança e funcionários do sistema prisional (veja detalhes na tabela abaixo).

"Vale ressaltar que os grupos previstos são preliminares, passíveis de alteração a depender das indicações da vacina após aprovação da Anvisa, assim como as possíveis contraindicações. Destaca-se ainda que há outros grupos populacionais considerados prioritários, a serem incluídos dentre as fases apresentadas, discutidos no âmbito da câmara técnica, a exemplo das populações Ribeirinhas e Quilombolas, cuja estimativa populacional está em atualização pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística", registra o plano.

O número de doses estimado para esta primeira etapa, organizada em quatro fases, é de 108,3 milhões e conta apenas com a 'vacina de Oxford', produzida pela universidade britânica e a empresa AstraZeneca, que tem parceria no Brasil com a Fiocruz.

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Grupos prioritários para vacinação e número de doses estimado para cada um deles. Foto: Reprodução/Plano de vacinação do governo federal contra a covid-19

Segundo o governo, o Brasil já tenha garantiu 300 milhões de doses por meio de três acordos: Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões de doses, até julho/2020 e mais 30 milhões de doses/mês no segundo semestre); Covax Facility (42,5 milhões de doses) e Pfizer (70 milhões de doses em negociação). Esta última começou a ser aplicada no Reino Unido na semana passada e recebeu ontem aprovação para uso emergencial da agência reguladora de medicamentos americana, a FDA.

O plano informa ainda que o governo trabalha para desenvolver uma 'solução tecnológica' que ajude no controle dos registros das doses aplicadas e agilize a entrada de dados no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). A ideia apresentada no documento é a de um QR-Code gerado no aplicativo Conecte SUS para identificar cada cidadão a ser vacinado.

Para o armazenamento e a distribuição dos imunizantes, que exigem conservação em temperaturas negativas, o governo federal pretende usar a Rede de Frio Nacional. A logística deve ser feita através de uma frota de 150 veículos refrigerados para que as vacinas cheguem às 38 mil salas de imunização previstas. Também há previsão de envio por avião para pontos distribuição, de onde o material seguirá por rodovia. A perda estimada é de 5% do total de doses.

O Ministério da Saúde também vai oferecer um treinamento, na modalidade de Educação a Distância (EaD), aos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) que atuarão nas campanhas de vacinação. O foco será na Atenção Primária.

Organização da Rede de Frio Nacional. Foto: Reprodução/Plano de vacinação do governo federal contra a covid-19
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