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Execução de pena em segunda instância 'foi passo fundamental', diz Moro

Juiz da Lava Jato participa de evento do Estadão, em São Paulo, com o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira e o promotor Marcelo Mendroni, do Ministério Público de São Paulo

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Por Redação
Atualização:

Fucs, Mendroni, Mariz e Moro: debate. Foto: Werther Santana/Estadão

O juiz federal Sérgio Moro afirmou nesta quarta-feira, 25, em São Paulo, que a execução de pena em segunda instância 'foi um passo fundamental'. Para o magistrado, não há como a Justiça funcionar 'sem que os processos cheguem ao fim'.

Moro participou do quinto fórum Estadão, com o advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira e o promotor do Ministério Público de São Paulo Marcelo Mendroni. O evento discutiu caminhos para reconstrução do País.

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Desde fevereiro de 2016, o Supremo Tribunal Federal admite que as penas sejam executadas após julgamento na Segunda Instância. O tema foi rediscutido e votado novamente em outras sessões da Corte, e a decisão foi mantida.

Segundo o juiz da Operação Lava Jato, submeter todos os processos 'à infinidade de recursos' impacta a efetividade da Justiça.

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Mariz de Oliveira sugeriu que a execução provisória de pena esperasse uma decisão do Superior Tribunal de Justiça. Em sessão no Supremo Tribunal Federal, o ministro Dias Toffoli já havia feito essa sugestão.

Na avaliação de Moro, a sugestão 'não resolve'. De acordo com o juiz da Lava Jato, a Corte superior tem 'nível absurdo' de processos.

"Solução intermediária não resolve, permanecemos no mesmo quadro", afirmou.

O promotor Marcelo Mendroni avalia que a prisão em segunda instância 'é tardia'. O investigador defende prisão preventiva 'desde logo' e o bloqueio de bens.

"Prisão faz com que cesse a prática do crime", disse.

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Na avaliação do advogado Mariz de Oliveira a prisão não combate crime.

"O que evita o crime são medidas que deveriam ter sido adotadas antes", registrou Mariz.

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