Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Reunião ministerial: 'Eu sou o chefe supremo das forças armadas, ponto final', diz Bolsonaro

Durante a reunião do dia 22 de abril, o presidente defendeu sua participação em ato antidemocrático contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal e disse que 'havendo necessidade, qualquer dos poderes pode pedir que às Forças Armadas que intervenham para restabelecer a ordem no Brasil'

PUBLICIDADE

Foto do author Julia Lindner
Foto do author Amanda Pupo
Foto do author Marcelo Godoy
Foto do author Rayssa Motta
Foto do author Pepita Ortega
Por Rafael Moraes Moura , Julia Lindner , Jussara Soares , Amanda Pupo (Broadcast), Marcelo Godoy , Rayssa Motta , Pepita Ortega , Paulo Roberto Netto e Bianca Gomes
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro fala com a imprensa no Palácio da Alvorada. Foto: Gabriela Biló/Estadão

O presidente Jair Bolsonaro defendeu sua participação em ato antidemocrático contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) que ocorreu em frente ao Quartel General do Exército e afirmou que ele é o chefe supremo das Forças Armadas. A declaração foi dada em reunião ministerial no dia 22 de abril, quando Bolsonaro também disse que, "havendo necessidade, qualquer dos poderes pode pedir que às Forças Armadas que intervenham para restabelecer a ordem no Brasil".

PUBLICIDADE

"Eu sou o chefe supremo das Forças Armadas. Ponto final. O pessoal tava lá, eu fui lá. Dia do Exército. E falei algo que eu acho que não tem nada demais. Mas a repercussão é enorme", afirmou o mandatário.

O presidente disse ainda que os poderes podem pedir intervenção das Forças Armadas se for preciso. "E havendo necessidade, qualquer dos poderes, pode, né? Pedir às forças armadas que intervenham para restabelecer a ordem no Brasil, naquele local sem problema nenhum. Agora todos, né? Tem que se preocupar com a questão política, e a quem de direito, tira a cabeça da toca, porra."

Na manifestação do dia 19 de abril, Bolsonaro pregou o fim da "patifaria" e disse que não iria "negociar nada". Ele discursou a seguidores que exibiam inscrições favoráveis a um novo AI-5, o mais duro da ditadura militar.

Na reunião ministerial, o presidente minimizou as referência de seus apoiadores ao ato. "Quando a Câmara faz lá dentro uma homenagem a Che Guevara, a Mao Tse-Tung e tudo mais, não tem problema nenhum. Quando o Partido Comunista do Brasil faz suas convenções e idolatram lá Fidel Castro, entre outros, não tem problema nenhum. Quando um coitado levanta uma placa de Al-5, que eu tô me lixando para aquilo, porque não existe AI-5. Não existe."

Publicidade

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.