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Delegados dizem que 'especulações' prejudicam estabilidade e clamam por autonomia da PF e mandato para diretor-geral

Ao final de um dia marcado pela tensão e rumores sobre possível saída do chefe da corporação, as principais entidades da classe alegam que 'o problema não reside nos nomes de quem está na direção ou de quem vai ocupá-la'

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Por Luiz Vassallo , Pepita Ortega e Fausto Macedo
Atualização:

O ministro Sérgio Moro e o presidente Jair Bolsonaro, em evento da Polícia Federal em Brasília. Foto: Marcos Côrrea / Presidência da República

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) reagiram à possibilidade de troca no comando da Polícia Federal. Segundo as entidades, 'especulações, infelizmente, prejudicam a estabilidade da Polícia Federal, a sua governança e colocam em risco a própria credibilidade na lisura dos trabalhos da instituição'.

"O problema não reside nos nomes de quem está na direção ou de quem vai ocupá-la. Mas sim, na absoluta falta de previsibilidade na gestão e institucionalidade das trocas no comando", dizem a ADPF e a Fenadepol.

Maurício Valeixo, diretor-geral da PF. 

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, avisou a Jair Bolsonaro que deixará o governo caso o presidente imponha um novo nome para comandar da Polícia Federal, atualmente ocupada por Maurício Valeixo. O Estado apurou que o ministro não aceita que essa troca venha de "cima para baixo", e defende o direito de fazer a escolha.

Sede da Polícia Federal em Brasília. Foto: Google Maps/Reprodução

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"Episódios como o de hoje ocorreram em diversas oportunidades, desde 2019, e inúmeras vezes durante pelo menos os últimos três governos. E pode voltar a ocorrer nos próximos meses ou futuros governos", afirmam os delegados da PF.

Segundo os delegados, 'nos últimos três anos, a Polícia Federal teve três Diretores Gerais diferentes'. "A cada troca ou menção à substituição, uma crise institucional se instala, com reflexos em toda a sociedade que confia e aprova o trabalho de combate ao crime organizado e à corrupção".

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"Portanto, mais do que a defesa ou repúdio de eventuais nomes, a ADPF e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) esperam que os parlamentares e as autoridades responsáveis aprovem as propostas no Congresso Nacional que estabelecem mandato ao Diretor Geral da Polícia Federal e autonomia ao órgão. Somente tais medidas irão proteger a PF de turbulências e garantir a continuidade do trabalho de qualidade prestado ao Brasil", dizem as entidades.

 

 

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