PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Bretas põe ex-secretário de Paes em domiciliar

Alexandre Pinto, que foi chefe da pasta de Obras, é réu em quatro ações na Operação Lava Jato do Rio

Por Fábio Grellet/RIO
Atualização:

Alexandre Pinto. FABIO MOTTA/ESTADÃO  

Preso desde 23 de janeiro, o ex-secretário municipal de Obras do Rio de Janeiro Alexandre Pinto teve sua prisão preventiva revogada pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. A partir de agora, porém, ele terá que cumprir prisão domiciliar. A decisão foi tomada na última quinta-feira (26), mas divulgada apenas nesta segunda-feira (30).

PUBLICIDADE

Ex-secretário de Paes gastou US$ 7,7 mil de propina em lojas de grife de NY

Acusado de envolvimento em um esquema de corrupção na construção do BRT Transbrasil (corredor expresso que liga o centro do Rio ao bairro de Deodoro, na zona oeste) e em obras da bacia de Jacarepaguá (também na zona oeste), Pinto é réu em quatro ações penais que tramitam na 7ª Vara Federal. Ele foi secretário durante a gestão do prefeito Eduardo Paes, que à época integrava o MDB e hoje é filiado ao DEM.

Procuradoria identificou que ex-secretário de Paes cobrou propina de pelo menos seis obras

O pedido de revogação da prisão foi apresentado pela defesa de Pinto e aceita por Bretas. O juiz considerou que o ex-secretário "tem manifestado interesse de colaborar e esclarecer os fatos criminosos nos processos a que responde" e que "nos interrogatórios buscou explicar os delitos imputados a ele, e eventualmente confessando a prática de crimes, o que representa uma atitude de cooperação da defesa perante o Juízo". Bretas continua: Pinto "vem adotando comportamentos que demonstram a intenção em contribuir com a investigação criminal, pelo que fica afastada a necessidade da cautelar de prisão".

Publicidade

Ex-secretário de Paes recebeu propina em dinheiro, diz Procuradoria

O juiz considerou ainda que as quatro ações já estão em fase processual avançada, o que dificulta uma eventual interferência do ex-secretário.

Bretas determinou a prisão domiciliar e proibiu que Pinto mantenha contato com outros investigados nas ações a que responde. Ele também precisa apresentar seu passaporte à Justiça Federal.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.