Pesquisa em presídios que indicaria rejeição a Bolsonaro não tem registro no TSE

Checagem foi feita por meio do projeto Comprova; envie conteúdos suspeitos pelo WhatsApp: (11) 97795-0022

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Por Redação
Atualização:
 

checagem abaixo foi publicada pelo Projeto Comprova. A verificação foi realizada por uma equipe de jornalistas da AFP, Nexo e SBT. Outras oito redações concordaram com a checagem, no processo conhecido como "crosscheck": Estadão, UOL, O Povo, Jornal do Commercio, Folha de S. Paulo, Veja, Poder360 e Gazeta do Povo. 

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Projeto Comprova é uma coalização de 24 veículos de mídia com o objetivo de combater a desinformação durante o período eleitoral. Você pode sugerir checagens por meio do número de WhatsApp (11) 97795-0022.

 

A informação que circula nas redes sociais sobre uma pesquisa de intenção de voto que teria sido realizada em presídios brasileiros e cujo resultado mostra que o candidato Jair Bolsonaro teria 100% de rejeição entre os presos não é verdadeira.

A informação falsa foi compartilhada milhares de vezes em redes como Facebook e Twitter e dá conta de uma consulta que teria sido realizada com 13 mil detentos em 450 presídios e 150 delegacias de todo o país.

De acordo com a assessoria de comunicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que uma empresa faça pesquisa nos presídios, ela precisa de autorização da Justiça. E para que a pesquisa eleitoral seja viabilizada, deve ser registrada junto ao TSE pela empresa pesquisadora e os dados sobre sua realização devem estar disponíveis no site do Tribunal. Não há registros de nenhuma pesquisa de intenção de voto realizada em presídios e delegacias no período em que a informação foi publicada nas redes sociais.

O Comprova consultou também a editoria de política do portal G1, que negou a publicação da notícia.

Foram identificadas duas versões desse boato. Uma tem origem em um post no Facebook, a outra é uma montagem produzida para parecer uma notícia publicada no site G1. A primeira menção a esta falsa notícia que localizamos data de 18 de julho. É um meme divulgado pela página MovimentoIndependentBR. A página SomostodosBolsonaro também replicou a imagem, assim como o perfil "Rosane Stocchero". Um policial militar e pré-candidato a deputado federal pelo PSL, Daniel Silveira, gravou um vídeo onde divulga a falsa informação.

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