A checagem abaixo foi publicada pelo Projeto Comprova. A verificação foi realizada por uma equipe de jornalistas da Folha de S. Paulo, do SBT e do Jornal do Commercio. Outras redações concordaram com a checagem, no processo conhecido como "crosscheck".
O Projeto Comprova é uma coalizão de 24 veículos de mídia com o objetivo de combater a desinformação durante o período eleitoral. Você pode sugerir checagens por meio do número de WhatsApp (11) 97795-0022.
São falsas as informações de uma corrente compartilhada pelo WhatsApp que afirma que quatro urnas eletrônicas foram apreendidas em um carro particular "preenchidas com voto para o Haddad com pelo menos 81%" (sic).
Segundo a mensagem viral falsa, o veículo estaria transportando ilegalmente as urnas a Autazes, município no interior do estado do Amazonas, quando teria sido parado em uma blitz da Polícia Militar.
Em nota divulgada na segunda-feira, 22 de outubro, o TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas) informou que as imagens das urnas sendo apreendidas em um carro são verdadeiras, mas foram feitas e divulgadas por um policial "de forma equivocada".
A Polícia Militar do Amazonas disse que na tarde do sábado, 20 de outubro, uma equipe de policiais da 8° CIPM de Iranduba, que realizava a operação "Sentinelas do Amazonas, ação Comunidade Segura", abordou um veículo oficial do TRE, no qual havia urnas que estavam sendo encaminhadas para atender o pleito do município de Careiro da Várzea.
Na abordagem foi constatado que não havia irregularidade porém, um dos policiais fotografou as urnas sendo transportadas e divulgou em sua rede social de forma equivocada.
A corrente de texto falsa também conta que a informação foi divulgada na rádio Odisseia FM 104.9 - o que não é verdade.
Em nota publicada no Facebook, a rádio diz que "em momento algum divulgou ou postou informações referentes a essa que está circulando". Em outro trecho, a nota faz um alerta: "Pedimos sempre para que todos chequem as fontes das informações, para evitar que notícias falsas, como esta, não se espalhem".
O Comprova recebeu a sugestão de checagem do boato pelo WhatsApp do projeto.
A verificação da peça também foi feita pelos sites Fato ou Fake, do Grupo Globo, e Boatos.org.