Perfil falso se passa por Paulo Maiurino e inventa plano de Lula e STF contra Bolsonaro

Diretor-geral da PF não publicou mensagens com denúncias de conspiração para matar o presidente

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Por Pedro Prata e Tiago Aguiar
Atualização:

Uma conta fraudulenta no Twitter atribuída ao diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Gustavo Maiurino, publicou uma série de mensagens nas quais alardeia uma suposta conspiração de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para "matar o presidente Jair Bolsonaro". A PF desmentiu o teor das denúncias, que viralizaram após divulgação da jornalista Leda Nagle. Este conteúdo foi enviado por leitores para checagem do Estadão Verifica pelo WhatsApp 11 97683-7490.

Conta fraudulenta se passa por diretor-geral da PF. Foto: Reprodução

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O tuíte falso, acompanhado de uma foto do STF, diz o seguinte: "partiu daqui em conjunto com @LulaOficial e outros a ideia de matar BOLSONARO. Por enquanto não posso dizer muito, mas vocês saberão...". A conta fraudulenta diz ainda que "eles querem destruir @jairbolsonaro porém não vão conseguir porque urubus de capa preta RECEBERAM PROPINA para acabar com o presidente."

A PF informou ao Estadão Verifica que os inquéritos sobre o atentado contra Jair Bolsonaro durante as eleições de 2018 foram "devidamente concluídos e enviados à Justiça Federal". Também comunicou que a conta oficial de Maiurino no Twitter é @PMaiurino.

A conta que aparece nos tuítes virais não é essa. Embora não seja possível identificar o nome de usuário, é possível ver que começa com @d_d... Uma busca por essas letras na rede social permite ver que há comentários contestando a veracidade de tuítes feitos por uma conta identificada como @d_delegado, que foi excluída da rede social.

 Foto: Estadão

Conta fraudulenta foi excluída da rede social. Foto: Twitter/Reprodução

Vídeo de Leda Nagle lendo o tuíte

Um vídeo de dois minutos da jornalista Leda Nagle lendo os tuítes viralizou no WhatsApp. Após ler a postagem, ela diz que está "muito assustada com tudo isso. Isso não é política. Isso é tudo, menos política".

Ela enviou nota ao Estadão Verifica na qual afirma que o vídeo foi gravado em grupo de conteúdo fechado no qual ela comenta "as principais notícias do dia". Ela diz que nesse grupo é feita a checagem de notícias das mídias tradicionais e da internet.

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"Algum membro do grupo, por má fé ou porque ficou impactado com a notícia, pinçou um trecho de 2 minutos de uma live de 47 minutos e viralizou antes mesmo que eu tivesse voltado com a checagem completa da informação, até porque não tem live no domingo e isto só aconteceria às 20h de hoje na live aberta de toda segunda-feira. Lamento o ocorrido. Agora que vocês já conhecem o que aconteceu, peço desculpas", diz a nota.

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