Paulo Roberto Netto
29 de julho de 2019 | 16h01
O ministro Paulo Guedes participa do Novo Mercado de Gás, em Brasília. Foto: Gabriela Biló / Estadão
Um falso perfil do ministro Paulo Guedes (Economia) no Twitter, já suspenso, publicou críticas ao vazamento de conversas entre o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) e procuradores da Operação Lava Jato. Apesar de a conta (@pauloguedes1234) ter desaparecido, prints das postagens continuam a circular nas redes sociais.
O tweet atribui a Guedes a frase: “Os caras roubaram perto de R$ 1 trilhão e o STF está analisando a suspeição de Sérgio Moro, com base em vazamentos não periciados feitos por um cidadão que já foi banido de dois países”. Outros prints da conta falsa com críticas a reportagens do site The Intercept Brasil e ao jornalista Glenn Greenwald também estão sendo compartilhados nas redes sociais.
O ministro Paulo Guedes não possui conta no Twitter, conforme informou o Ministério da Economia em nota.
Você conhece todos os nossos perfis nas redes sociais? O Ministério da Economia publica nelas todas as novidades sobre suas atividades. Ah, lembramos que o ministro Paulo Guedes não possui perfil pessoal em nenhuma das redes, tá? Fique ligado nas nossas @ e se mantenha informado! pic.twitter.com/PZUzudI4ZJ
— Ministério da Economia (@MinEconomia) 13 de junho de 2019
Ao tentar acessar a conta @pauloguedes1234, o usuário do Twitter recebe a notificação que o perfil foi suspenso. Em nota, a empresa destacou as regras da rede social e a política usada para contas falsas. “O Twitter não comenta sobre contas específicas, mas comportamentos suspeitos de violação às regras estão sujeitos às medidas cabíveis”, afirmou.
Personalidades públicas do governo no Twitter, como o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Sérgio Moro, têm contas verificadas. Elas possuem um selo azul ao lado do nome de perfil, algo que a conta falsa de Guedes não tinha.
Este boato foi sinalizado como suspeito por meio da parceria entre o Estadão Verifica e o Facebook. A Agência Lupa também checou esta desinformação. Para sugerir verificações, envie uma mensagem por WhatsApp ao número (11) 99263-7900.
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