Ainda não existe vacina contra coronavírus; é falso que alho e açafrão-da-terra previnam infecção

Melhor forma de evitar contaminação é higienizar de forma regular e adequada as mãos, além de manter distanciamento de outras pessoas e evitar tocar olhos, boca e nariz

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Por Alessandra Monnerat
Atualização:

O vídeo em que um pastor afirma que comer alho cru e açafrão-da-terra previne contra o novo coronavírus obteve mais de 159 mil visualizações e 15 mil compartilhamentos no Facebook desde a segunda-feira, 6. Essas recomendações, no entanto, contrariam as informações oficiais da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda não existe uma prevenção ou cura para a covid-19 comprovada cientificamente.

De acordo com a OMS, alho é uma comida saudável que pode ter propriedades antimicrobianas. No entanto, não há evidências de que comer alho tenha prevenido pessoas de pegarem coronavírus. Esse e outros mitos estão desmentidos nesta página (em inglês).

Alho não previne contra coronavírus. Foto: Pixabay

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O escritório da OMS no Sudeste da Ásia também desmentiu o uso de açafrão-da-terra na prevenção contra a covid-19. De acordo com a entidade, não há evidência científica que o tempero evite infecção pelo vírus. Em geral, a OMS recomenda a ingestão de frutas e vegetais como parte de uma dieta saudável. Veja outros boatos desbancados nesta página (em inglês).

A melhor forma de se proteger contra o novo coronavírus continua sendo lavar as mãos de maneira adequada e frequente. Também é importante manter distância de ao menos 1 metro das outras pessoas e evitar tocar olhos, boca e nariz.

A OMS afirma que ainda não há remédio ou vacina contra a covid-19. Possíveis vacinas estão sob investigação.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

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