Após o presidente desautorizar o seu ministro da Saúde e cancelar a compra da "vacina chinesa", o porta-voz da embaixada do país no Brasil, Qu Yuhui, optou por não entrar na disputa política em torno do imunizante.
"Cremos que o governo brasileiro tem todas as condições para definir o que é melhor para o seu próprio País, para o próprio povo. Não queremos nos meter", disse à Coluna.
Questionado se a embaixada procurou o governo para esclarecer pontos a respeito da Coronac, Yuhui disse não ser o caso. "Para nós, esse não é um caso diplomático nem um caso que cabe uma gestão do governo chinês".
O porta-voz da embaixada afirmou ainda que a posição do governo chinês é de cooperar com a comunidade internacional para tornar a vacina chinesa "um bem público internacional".
"Vamos tentar cooperar para reduzir os custos, facilitar a disponibilização de vacinas, sobretudo para os Países em desenvolvimento", completou.
O preço foi um dos argumentos de Jair Bolsonaro para cancelar a compra das 46 milhões de doses, anunciada na véspera por Eduardo Pazuello. O custo de cada dose, segundo Bolsonaro, seria de US$ 10 por pessoa, o que acabaria saindo muito caro.