À frente de Manaus, uma das cidades que mais sofrem com a covid-19, o prefeito Arthur Virgílio (PSDB) decidiu mandar vídeos para líderes do G20 pedindo ajuda para a capital amazonense. À Coluna, ele contou que até às 20h desta segunda, nem o presidente Jair Bolsonaro e nem o ministro da Saúde, Nelson Teich, haviam entrado em contato direto com ele, missão conferida ao secretário executivo da Saúde, Eduardo Pazuello.
"Essa crise desses dois (Bolsonaro e Sérgio Moro) não está me interessando, essa coisa de publicar conversas íntimas, agora a revelação do Zé, da Dona Juzinha, com pessoas morrendo na rua? Muitas sem terem respostas dos hospitais. É um episódio muito medíocre da política brasileira, não estou com orgulho com a atuação de um nem de outro", disse.
Sobre Manaus, Bolsonaro escreveu no Twitter: "Ganha reforço no atendimento a pessoas com coronavírus". A cidade teve 140 enterros em 24 horas.
No vídeo aos líderes mundiais, Virgílio pedirá máscaras, respiradores e dinheiro, o que os países mais ricos do mundo puderem fazer. O governo federal prometeu, mas ainda não cumpriu. "Se eu pudesse fazer mais um pedido: Bolsonaro esqueça o Moro, vamos cuidar da pandemia, depois dou minha opinião. Presidente, por favor, fique em casa", completou.
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e Virgílio vão fazer ainda um outro vídeo inspirado no de São Paulo, que usa imagens de Guayaquil para pedir o isolamento social. A campanha vai na contramão do governo federal, que estuda uma forma de flexibilizar a medida.