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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Mourão faz mea-culpa e vê risco ao agronegócio

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Por Redação
Atualização:

Candidato a vice-presidente, general Mourão. Foto: Wilton Júnior/Estadão.

O vice-presidente Hamilton Mourão entende que o governo Jair Bolsonaro derrapou na largada do combate ao desmatamento e, por isso, "perdeu a narrativa" no meio ambiente. Segundo ele, sem citar o ministro Ricardo Salles, o Brasil hoje é apresentado internacionalmente como "vilão". "Fazemos esse mea-culpa, ela (Operação Verde Brasil na Amazônia) devia ter começado lá no final do ano passado", afirmou, em entrevista que contou com a participação da Coluna. O vice reconhece que essa imagem ruim atrapalha o agronegócio do País.

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Agro. "Temos de demonstrar ao mundo que nossos produtores rurais estão comprometidos e obedecem legislação ambiental", disse o Mourão. "A questão das barreiras, sejam tarifárias, comerciais ou até, digamos, ambientais, todas colocadas com um único objetivo: reduzir a capacidade e a penetração que o nosso agronegócio tem."

Já era? "Somos apresentados como vilões do meio ambiente quando não somos. Temos que reconhecer que houve aumento no desmatamento na Amazônia", disse o vice.

Canais. "Nós temos de nos aproximar da comunidade internacional, das organizações ambientais e deixarmos claro o compromisso não só do governo brasileiro, mas do Estado brasileiro com a proteção e preservação do seu patrimônio natural", disse Mourão.

Passou... Mourão minimizou as manifestações a favor de Bolsonaro que atacam as instituições, a democracia e pregam intervenção militar. "Enquanto ficar no terreno da retórica, faixa, palavra de ordem, como sempre fica esse tipo de manifestação, está contida dentro dos limites da lei."

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...um pano. Segundo Mourão, o grupo da ativista Sara Winter "não enche um caminhão". "No momento em que partirem para a baderna, dano ao patrimônio público, agressão aos ministros na rua, em suas residências, aí as barras da lei para com esses grupos."

Simples. Sobre a tensão com o STF: "Decisões judiciais a gente cumpre ou contesta utilizando os meios que a Justiça tem", disse Mourão. Leia aqui a entrevista completa.

CLICK. Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles participou de live com empresários, promovida pelo Grupo Voto. O tema foi "desburocratização para acelerar o Brasil".

Coluna do Estadão  

Me diz aí. Pontos mal explicados pela Secom segundo quem conhece o mercado de anúncios do Google: 1) Se não há censura ou filtro, quais são os canais de oposição que recebem recursos? 2) Uma vez que a empresa fornece relatórios das veiculações, isso foi fiscalizado? Se sim, por que deixou passar site adulto?

Contexto. CPI mista das Fake News apontou anúncios em canais de "conteúdo inapropriado". O governo alega que a distribuição é feita pelo Google, por algoritmo, já a empresa diz ser feita também por pessoas.

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SINAIS PARTICULARES.

Ronaldo Caiado, governador do Goiás

Kleber Sales  

Fica... Ronaldo Caiado ligou para o gabinete de Eduardo Pazuello. Atendeu a secretária: "Quem?!". Elerepetiu: "Ronaldo Caiado". "Caia... o que?!". Impaciente, ele reagiu: "Governador de Goiás!". "De onde?!" Caiado desistiu. Bateu o telefone e ficou por isso.

...difícil. O ex-ministro Mandetta estava justamente com Caiado na hora do telefonema, que vem sendo usado no Congresso como exemplo do "desmanche na Saúde". Como a secretaria do ministro não sabe nem quem são os governadores?

PRONTO, FALEI!

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 Foto: Reprodução Facebook/José Luiz Penna

José Luiz Penna, presidente do PV: "Democratas, temos de livrar o governo dos fascistas com os nossos métodos, não com as armas de quem nos agride", sobre violência nos atos contra Bolsonaro.

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA. COLABOROU ELIANE CANTANHÊDE.

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