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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

MDB terá de ceder para viabilizar nome próprio ao comando do Senado, avaliam parlamentares

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Por Redação
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Senado escolhe nesta sexta-feira, 1.º, nova Mesa Diretora. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

Com o maior número de postulantes à Presidência do Senado no ano que vem, o MDB pode vir a cometer o mesmo erro de 2019 quando rachou internamente e não conseguiu formar uma união em torno de Renan Calheiros (AL), que acabou desistindo da disputa em cima da hora. Senadores de diversas correntes políticas avaliam que o partido terá que ceder a condições colocadas por outras legendas para viabilizar um nome seu na corrida pelo comando da Casa. A oposição, por exemplo, admite até votar em um emedebista, mas rejeita peremptoriamente Eduardo Gomes (TO) e Fernando Bezerra Coelho (PE) - os dois principais postulantes da legenda - por serem líderes do governo no Congresso e no Senado, respectivamente.

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Cenário. Eduardo Braga (AM), também no páreo, é o menos palatável ao governo de Jair Bolsonaro por ser considerado como mais independente. Por isso mesmo, o senador pode angariar mais apoios de setores contrários ao Planalto.

De novo, não. Para caciques do partido, o maior temor é que uma desaglutinação possa levar um nome de fora do "mainstream" a vencer a eleição, que acontecerá em fevereiro.

Cadê? A decisão do STF desorganizou o que já estava amarrado no Senado em torno de Davi Alcolumbre (DEM-AP). Alguns líderes ficaram em compasso de espera, até por respeito ao presidente da Casa, esperando que volte do Amapá para se posicionar.

Juntinhos. A principal preocupação do grupo próximo a Alcolumbre hoje é garantir que haja consenso em torno de um nome. Apesar de o Muda Senado ter rachado neste ano, a avaliação é que uma eventual divergência no MDB, por exemplo, poderia dar fôlego aos lavajatistas.

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De olho. Aliás, o Muda Senado vai se reunir virtualmente nesta quinta-feira,10, para discutir como o grupo se posicionará na disputa pelo comando do Senado. Ainda não há uma indicação de quem pode ser apoiado, já que o movimento não deve escolher um nome próprio para a eleição.

Segunda chance. "É oportunidade para melhorar imagem da instituição. Temos obrigação de tentar", disse o senador Álvaro Dias (Podemos-PR).

Olha ela. Simone Tebet (MDB-MS) é o nome mais próximo ao Muda Senado dentre os que estão sendo cotados no MDB.

LEIA A ÍNTEGRA DA COLUNA: Vacina: negacionismo com os dias contados

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