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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Disputa pela Av. Paulista no Sete de Setembro preocupa autoridades

Por Matheus Lara e Alberto Bombig
Atualização:

A disputa pelo direito de ocupar a Avenida Paulista no 7 de Setembro é forte sinal de que a polarização envolverá cada vez mais as ruas e elevará a tensão política daqui até o final das eleições. Nos bastidores do Ministério Público e da PM, o embate pela prerrogativa de usar a via gerou preocupação em relação à segurança das manifestações. Como mostrou o blog da Coluna, opositores de Jair Bolsonaro levarão ao MP pedido contestando a liberação da avenida para os apoiadores do presidente: alegam ser a vez deles no rodízio mediado pela PM.

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Tensão. A percepção das autoridades é de que os ânimos estão se exaltando em São Paulo e no País. O medo é de desrespeito ao rodízio e consequente conflito.

Tapetão. A disputa também indica que os tribunais deverão ser mais acionados. "Teremos uma expansão desse componente de judicialização. Isso agrega valor às narrativas polarizadas", diz o cientista político Creomar de Souza, da consultoria Dharma.

 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Versões. A PM-SP autorizou apoiadores de Bolsonaro a ocupar a Paulista no Dia da Independência porque a esquerda se manifestou no dia 24 de julho.

Versões 2. Os opositores do presidente contestam: entendem que a vez é deles, pois o último embate por data teria sido em 1.º de maio, quando bolsonaristas realizaram seu ato.

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Judicialização. "Estão se valendo muito do Judiciário no sentido de proteger as ideologias de cada polo. É preciso aprender a fazer política independentemente da judicialização", diz o promotor e professor do Ibmec Clever Vasconcelos.

CLICK. Ciro Nogueira gostou da ideia de se autointitular 'amortecedor das crises' e posou para foto segurando a peça. Porém, solavancos continuam fortes no País  

Questão... As consequências das ameaças de Bolsonaro ao STF: 1) ninguém mais acredita na conversinha de que "ministros moderados tentam convencer o presidente a evitar atritos". Quem está no Planalto joga junto do presidente.

..de lado. 2) Com seus vitupérios, Bolsonaro levanta bolas açucaradas para Rodrigo Pacheco cortar e marcar pontos importantes jogando do lado certo da quadra, o da democracia.

SINAIS PARTICULARES. Rodrigo Pacheco, presidente do Senado (DEM-MG). Ilustração: Kleber Sales.  

Interpretação de texto. Parlamentares da Comissão Externa de Acompanhamento do Ministério da Educação vão defender a reabertura das inscrições do Enem e endossar uma ação de entidades estudantis no STF sobre o exame.

Matemática. Para o grupo, presidido pela deputada Tabata Amaral (PDT-SP), o número baixo de inscritos - 3,1 milhões, o menor desde 2005 - pode estar relacionado à decisão do MEC de manter a regra que condiciona a isenção da taxa de inscrição à justificativa de ausência no ano anterior do exame.

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Lógica. "Milton Ribeiro minimiza o medo dos estudantes acerca da covid-19, seguindo a linha do negacionismo e desconsiderando que os alunos em situação de vulnerabilidade tiveram grandes dificuldades", diz nota da comissão.

De olho. Danilo Forte (PSDB-CE) recebeu de Rose de Freitas (MDB-ES) a missão de acompanhar o andamento dos programas financiados por verbas federais. Conforme mostrou o Estadão, o Congresso deixou de fiscalizar o Orçamento aprovado pelos próprios parlamentares.

De olho 2. Forte disse à Coluna pretender criar comitês responsáveis por monitorar cada área da execução orçamentária, inclusive de anos anteriores, mas com especial atenção para a atual, que está atrasada.

Debutante. Tomás Covas, filho de Bruno Covas (morto em maio último), terá sua ficha de filiação ao PSDB abonada hoje por líderes e militantes do partido, em ato em São Paulo.

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PRONTO, FALEI!

Romário Faria, senador (PL-RJ)

"A fala revela um odioso e ultrapassado preconceito em relação às crianças com deficiência", sobre Milton Ribeiro ter dito que elas "atrapalham" em sala de aula.

O senador Romário. Foto: Divulgação

COLABOROU PEDRO VENCESLAU

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