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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Dirigentes do MDB e do PSD não rejeitam semipresidencialismo

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Por Redação
Atualização:

Estadão  

Apontado por Luís Roberto Barroso como um antídoto às recorrentes crises do sistema político brasileiro, o semipresidencialismo ainda não conquistou totalmente os corações e mentes de dirigentes partidários. Porém, não existe rejeição prévia ao modelo em importantes siglas do centro: "Pessoalmente, sou simpático à ideia", diz o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi. "Essa proposta eu acredito que possa ser implantada quando já tivermos um número de partidos bastante reduzido", afirma Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD.

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Modelo. O semipresidencialismo vigora na França e em Portugal, por exemplo. É visto como uma maneira de reduzir o fisiologismo. Em linhas gerais, há um presidente da República e um primeiro-ministro no Parlamento, ambos dividindo funções do Executivo.

Nada... "Até o momento não há discussão sobre o sistema semipresidencialista encaminhada dentro MDB ou da Fundação Ulysses Guimarães", diz Baleia.

...contra. "Li entrevistas do ex-presidente Michel Temer defendendo a tese. Como grande constitucionalista e com sua larga experiência, tem muito a contribuir", diz Baleia. Segundo ele, nada impede que o tema seja aprofundado.

Enxuga. Kassab, como pré-requisito, defende uma reforma que reduza o número de partidos: "Parlamentarismo, presidencialismo de coalizão, com mais de dez partidos representando, é muito difícil. Isso dificulta a governabilidade".

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Contraponto. Na esquerda, a visão e outra. Gleisi Hoffmann (PT) é refratária à mudança e lembra que a população escolheu o presidencialismo como sistema em plebiscito em 1993. "É tornar o presidente sem poder", diz.

Contraponto 2. Carlos Lupi (PDT) também é contra. Para ele, a mudança do sistema de governo entrou no debate público pelo fato do presidente Jair Bolsonaro ser visto como um "presidente fraco". "Não podemos enfraquecer o papel da presidência por conta de um presidente fraco."

Fogos. A filiação de 65 prefeitos e vices em São Paulo ao PSDB foi muito comemorada no Palácio dos Bandeirantes.

Fogos 2. A demonstração de força dos pré-candidatos João Doria (presidente) e Rodrigo Garcia (governador) foi festejada em dobro porque o avanço se deu em cima de dois partidos de oposição: PSB e PTB.

Foi na veia. Como bem definiu o cientista político Vinícius do Valle no Estadão, "não preocupa a filiação religiosa" de André Mendonça, o indicado ao STF, "mas, sim, sua atuação, religiosa e política, 'terrivelmente bolsonarista'".

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SINAIS PARTICULARES,

André Mendonça, ministro da AGU indicado ao STF

Kleber Sales  

Uia! Foi por pouco que não houve uma segunda prisão na CPI da Covid, a da diretora executiva da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, anteontem, 13. Ala de senadores defendeu a medida, alegando desobediência dela à decisão do Supremo Tribunal Federal.

Calma. Entraram no circuito Simone Tebet (MDB-MS) e Eliziane Gama (Cidadania-MA) para convencer que não pegaria bem prender a depoente. Primeiro, pela situação da jovem, claramente fragilizada no primeiro dia; segundo, porque ela é um "peixe pequeno".

CLICK. Simone Tebet (MDB-MS) bateu boca com Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ): ameaçou levá-lo ao Conselho de Ética, por algo que ele teria dito fora do microfone.

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Coluna do Estadão  

A ver. O foco, defendem, deve ser o chefe dela, Francisco Maximiano, sócio da Precisa, cujo depoimento está marcado para depois do recesso parlamentar. Ele será confrontado ponto a ponto com o que disse Medrades à comissão.

PRONTO, FALEI!

 

Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do gruCpo de advogados Prerrogativas: "Ao agredir o PT e o Lula, fazendo o jogo da direita autoritária e atrasada, Ciro mostra que não precisa de João Santana. Precisa mesmo é de um psiquiatra. Toda solidariedade aos colegas do PDT, que devem estar tão constrangidos quanto os demais colegas do campo progressista com tamanha falta de caráter..."

COM MARIANNA HOLANDA. COLABORARAM BRUNO LUIZ E LUIZ HENRIQUE GOMES.

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