Margeado pela fronteira com o Peru e a Bolívia, o Acre teme ações de grupos do narcotráfico interessados na vacina contra o coronavírus. O governador Gladson Cameli (PP) pediu ao Ministério da Saúde reforço federal na segurança dos imunizantes. A Eduardo Pazuello, Cameli lembrou das grandes distâncias entre municípios do Estado e da dificuldade de logística para levar a vacina até comunidades indígenas. Durante o encontro, o ministro acionou a Defesa. De acordo com o governador, a PF também já foi avisada sobre a questão.
Todos. As justificadas aflições do governador do Acre, compartilhadas por outros Estados do País, dão ideia das dificuldades de logística e de segurança para a vacinação rápida e em massa dos brasileiros.
Cobertura. "Temos uma extensão grande de fronteiras e, por isso, tenho alertado o Ministério da Justiça desde a época do Sérgio Moro (ex-ministro) de que é necessário ter reforço na segurança da região. Preciso do apoio federal", afirmou Cameli à Coluna.
Traçado. Apesar de ainda não ter recebido uma resposta concreta por parte do Executivo central, o governador contou que órgãos federais estão ajudando o Estado na elaboração de um plano de segurança.
Largada. Cameli planeja iniciar a vacinação no Acre na semana que vem, mas depende do envio das vacinas pelo Ministério da Saúde. De acordo com ele, a ideia é aplicar de 40 mil a 60 mil doses até a primeira quinzena de fevereiro.
Será? A expectativa de que a vacinação comece no próximo dia 19, como quer o Ministério da Saúde, não animou tanto os governadores. Alegam que ainda faltam esclarecimentos sobre uma série de questões, principalmente em relação à logística. Ainda assim, o início da imunização é visto como uma boa notícia.
A ver. Na conversa com o grupo Diálogo pelo Brasil, intermediada pela Fiesp, Eduardo Pazuello se desdobrou para tentar acalmar o grupo empresarial: reiterou que o planejamento para a vacinação em todo o País está pronto e que ela começará assim que a Anvisa liberar os imunizantes.
CLICK. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) com o embaixador da Rússia (à esq.), Sergey Akopov: conversa sobre a produção da vacina Sputnik V no Brasil.
Deu medinho? Parlamentares bolsonaristas defenderam em suas redes Donald Trump, alvo de mais um impeachment nos EUA.
Na... Confirmada como candidata do MDB ao comando do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) aposta na dissidência de partidos que já confirmaram apoio ao seu adversário Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para angariar votos. Esperidião Amin (SC), do PP, é um dos que têm dito que deverá votar na senadora.
...corrida. Em termos de partidos, o Cidadania deve anunciar apoio nesta semana. Simone também conversará com Major Olímpio (SP), do PSL: o partido ainda não fechou posição na disputa do Senado.
De olho. A estratégia da senadora é vista como uma forma de se blindar contra possíveis traições dentro do seu MDB, embora, no anúncio de sua candidatura, a unidade da bancada tenha sido mencionada.
"Pela honra". Simone tem sido chamada por apoiadores de "She-ra do Pantanal", em alusão à personagem de animação "She-Ra: A Princesa do Poder".
SINAIS PARTICULARES.Simone Tebet, senadora (MDB-MS)
PRONTO, FALEI!
Paula Belmonte, deputada federal (Cidadania-DF): "Não podemos mais permitir esse tipo de atitude. O assédio é inaceitável nas ruas, nos parlamentos, em qualquer lugar", sobre a decisão do Conselho de Ética do Cidadania, que recomendou a expulsão do deputado estadual Fernando Cury (SP), flagrado em imagens apalpando uma parlamentar.
COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA.
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