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Presidente do PMDB, Jucá diz que prisão de Cabral não afeta partido

Senador afirma que detenção de ex-governador do Rio é 'algo restrito'; para ministro da defesa, ação da Lava Jato representa o combate 'à má política'

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Por Isabela Bonfim e Tania Monteiro
Atualização:
Senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Congresso Foto: Felipe Rau/Estadão

BRASÍLIA - O presidente nacional do PMDB, o senador Romero Jucá (RR), afirmou nesta quinta-feira, 17, que a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro e colega de partido, Sérgio Cabral, não afeta a legenda. "O partido não se afeta. É algo restrito. Não vamos personalizar essa questão nem no partido e nem no Rio de Janeiro", afirmou.

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O senador defendeu ainda que seja dado a Cabral todo o direito de defesa e que os fatos sejam investigados com profundidade. "Seria injusto antecipar qualquer julgamento", afirmou o peemedebista.

Detido na manhã desta quinta-feira em seu apartamento, no bairro do Leblon no Rio de Janeiro, o ex-governador deve ficar preso no complexo penitenciário de Bangu. Segundo procuradores que conduzem as investigações, já no primeiro mês do primeiro mandato o então governador passou a cobrar dinheiro de empreiteiras que realizariam futuramente grandes obras no Estado.

'Independência'. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que a prisão de Cabral representa o combate "à má política" e "atesta o funcionamento e a higidez das instituições, além de mostrar a independência entre os poderes".

Questionado se esta prisão poderia afetar o governo, que é do PMDB, Jungmann disse que "afeta a má política e eu espero que ela continue sendo bastante afetada porque nós precisamos passar a política brasileira a limpo". O ministro acrescentou ainda que "isso é urgente porque o Brasil exige". Para o ministro, a prisão de Cabral mostra que o Brasil está "dando exemplo para o mundo".

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