Organização internacional repudia ataques a jornalistas em cobertura de prisão de Lula

Repórteres Sem Fronteiras classificou as agressões como 'atentado grave à liberdade de imprensa'

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Por Redação
Atualização:
Repórter é agredido no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde Lula está Foto: Ricardo Galhardo/Estadão

A organização de defesa à liberdade de expressão Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denunciou nesta segunda-feira, 9, as agressões contra jornalistas durante a cobertura da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pela Operação Lava Jato. A instituição condenou o comportamento de manifestantes como "intolerável" e pediu que as autoridades respeitem o trabalho da imprensa.

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No sábado, 7, ao menos oito jornalistas foram agredidos física ou verbalmente em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, informou a RSF. Outros ataques semelhantes foram registrados desde a quinta-feira, 5, quando foi decretada a ordem de prisão contra o ex-presidente.

Equipe da Globo foi expulsa do Aeroporto de Congonhas por militantes pró-Lula. Na foto, o repórter Roberto Kovalick. Foto: Foto GABRIELA BILO / ESTADAO

"Os jornalistas brasileiros são injustamente tomados como alvo, vítimas da indignação dos manifestantes que os associam diretamente à postura editorial dos veículos para os quais trabalham. Se trata de um atentado grave à liberdade de imprensa, direito tão necessário nesses tempos turbulentos”, declarou Emmanuel Colombié, Diretor Regional do Escritório para a América Latina da Repórteres sem Fronteiras, segundo a organização.

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O Brasil é um dos piores colocados no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa feito pela RSF - o País é o 103º, entre 180 avaliados.