Sindicato dos jornalistas liga agressões à linha editorial de empresas

Entidade repudiou, em nota, violência contra profissionais da imprensa; ao menos seis repórteres foram agredidos ou ameaçados em São Bernardo do Campo, durante a cobertura da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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Por Redação
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Em nota divulgada neste sábado, 7, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo repudiou as agressões a jornalistas na cobertura da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Lava Jato. A entidade diz ter procurado o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, e ter tido como resposta “a garantia de respeito ao trabalho dos profissionais” em exercício.

Homem com camiseta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) joga ovo em fotógrafo do Estadão.Veja mais aqui Foto: NILTON FUKUDA/ESTADAO

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Ainda na nota, a entidade afirma que “essa situação lamentável” seria resultado também “da política das grandes empresas de comunicação, que apoiam o golpe, e que adotam uma linha editorial de hostilidade contra as organizações populares”. 

“Para impedir que casos de agressão e tentativas de censura se repitam é preciso que se retome a democracia, o que só será possível com Lula livre e com a garantia de o povo brasileiro poder votar legitimamente nas eleições”, diz a entidade, ligada à CUT. 

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Só no sábado, ao menos seis repórteres foram agredidos ou ameaçados em frente ao sindicato, de acordo com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). E no dia anterior, outros três casos de agressão e hostilidade contra a imprensa foram registrados pela associação no local.

O presidente da Abraji, Daniel Bramatti, considerou “inadmissíveis” os atos de violência contra os jornalistas, “independentemente de origem ou veículo”. “Nos últimos dias, acompanhamos com preocupação e inconformidade os relatos de agressões e intimidações”, afirmou ele.

Da mesma forma, ele diz cobrar “publicamente a apuração do atentado contra a caravana de Lula, no qual tiros atingiram um ônibus que transportava jornalistas”. Segundo Bramatti, atos de intolerância “não são condizentes com o fortalecimento da democracia”.

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