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MDB avalia lançar pré-candidatura de Meirelles em 15 dias

Senador Romero Jucá (RR), presidente do partido, conversou com Michel Temer sobre as vantagens de anunciar ex-ministro da Fazenda ainda neste mês

Por Vera Rosa e Julia Lindner
Atualização:

BRASÍLIA - O MDB prepara uma estratégia para lançar em 15 dias a pré-candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles à Presidência, junto com o documento “Encontro com o Futuro”, considerado o ponto de partida para a apresentação do programa de governo na campanha. A versão preliminar da cartilha deve ser apresentada a deputados e senadores na próxima terça-feira, 22.

O presidenteMichel Temer e o ministro daFazenda, Henrique Meirelles Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

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O senador Romero Jucá (RR), presidente do MDB, conversou nesta quarta-feira, 16, com o presidente Michel Temer sobre as vantagens de anunciar Meirelles ainda neste mês. A avaliação é a de que, em um cenário no qual o centro não tem um concorrente que se destaque até agora, o ex-ministro da Fazenda pode começar a ocupar espaço. Não foi à toa que Meirelles começou a elevar o tom contra seus possíveis adversários na corrida eleitoral, como Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT).

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Temer já admitiu a dirigentes do MDB que não disputará novo mandato, mas não tornou essa posição pública. Em reunião da bancada do MDB com Meirelles, nesta quarta-feira, senadores mostraram incômodo com a indefinição do partido. A decisão, ali, foi a de testar o ex-ministro nas ruas, mesmo que lá na frente a candidatura tenha de ser retirada.

Jucá concordou com esse diagnóstico. Uma ala do MDB que não participou do encontro desta quarta-feira, porém, diz que vai brigar na convenção, em julho, para a legenda não ter candidato próprio e liberar o apoio às chapas nos Estados. O grupo é liderado pelo senador Renan Calheiros (AL), que faz oposição a Temer.

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Diagnóstico. Planejado para ser a continuação do programa “Uma Ponte para o Futuro”, o documento “Encontro com o Futuro” traz o diagnóstico do que foi feito no período 2016-2018, a defesa da gestão Temer e propostas para o próximo governo não apenas na economia, mas também em políticas sociais e segurança pública.

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Na reunião com os senadores, Meirelles mostrou pesquisas qualitativas para demonstrar que, apesar de ser pouco conhecido no País,  possui “enormes” chances de crescimento, caso apareça mais daqui para a frente.

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No Twitter, Jucá escreveu que o ex-titular da Fazenda apresentou "a sua proposta como pré-candidato aos senadores e a forma como está conduzindo sua campanha". Afirmou, ainda, que a ideia de Meirelles é "andar o Brasil pregando essa candidatura para fazer com que o País avance".

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Alckmin. Decidido a reforçar a campanha, Meirelles também resolveu dar estocadas no ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), mesmo sem citá-lo diretamente. “Alguns candidatos estão aí com um índice de conhecimento (da população) elevado, já tendo sido candidatos à Presidência, conhecidos por basicamente toda a população, mas apresentam um nível de aprovação muito baixo”, provocou ele, após a reunião com a bancada do MDB no Senado.

Na última pesquisa de intenção de voto da CNT/MDA, divulgada no início da semana, Alckmin aparece em quinto lugar, com 4% das preferências. Meirelles, por sua vez, registrou 0,3%.

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