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Meirelles critica propostas de Ciro, Marina e Bolsonaro

Para ex-ministro da Fazenda, alta do dólar registrada nos últimos dias tem ligação com incerteza eleitoral

Foto do author Vera Rosa
Por Vera Rosa
Atualização:

BRASÍLIA - Pré-candidato do MDB à Presidência, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles atribuiu nesta terça-feira a alta do dólar a uma dose de incerteza sobre o futuro da economia e criticou propostas de Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSL), seus prováveis adversários.

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“Não há dúvida de que a eleição pode começar a influenciar a economia, principalmente as propostas feitas pelos candidatos dos extremos”, disse Meirelles. “Há preocupação com mudança radical.”

Após participar da cerimônia “O Brasil voltou”, na qual o presidente Michel Temer fez uma prestação de contas enaltecendo seus dois anos à frente do Planalto, Meirelles aproveitou para caprichar no discurso de candidato. “A Marina diz que vai acabar com o teto (de gastos). Ciro quer acabar com a reforma trabalhista e o problema do Bolsonaro é o histórico de votações dele. Tudo isso gera insegurança e preocupa o mercado”, argumentou o ex-ministro.

"Falei com gestores dos maiores fundos de investimento do Brasil e eles têm preocupação. O mercado é cético de uma mudança radical, tudo que ele pensa", disse.

Meirelles minimizou novamente seu baixo desempenho nas pesquisas de intenção de voto Foto: Felipe Rau/Estadão

Meirelles minimizou seu baixo desempenho nas pesquisas de intenção de voto – em algumas delas, aparece com menos de 1% -- e o fato de parte do MDB ignorar sua intenção de concorrer ao Palácio do Planalto. Disse que o importante é o potencial de crescimento e, mais uma vez, rejeitou a possibilidade de ser vice em alguma chapa.

“Passada a convenção do MDB terei, de fato, condição de fazer campanha muito forte”, insistiu ele. “O MDB está no governo. Não há razão para não apresentar candidato próprio, disputar e ganhar a eleição.”

Além de não querer ser vice, o ex-ministro também já disse a amigos que não aceitará de forma nenhuma fazer dobradinha com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). “Tenho a certeza de que no segundo turno contaremos com o apoio do PSDB”, afirmou Meirelles.

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