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'É muito provável que candidato de centro-direita seja eleito', diz ministro

Dyogo Oliveira, ministro do Planejamento, também declarou que Meirelles seria um ótimo presidente do Brasil

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Por Célia Froufe (Broadcast)
Atualização:
Segundo Dyogo Oliveira,aadoção de alíquotas de cerca de 6% no consumo e de 15% sobre alguns produtos concentrados poderia simplificar o sistema e manter a arrecadação nos níveis atuais Foto: André Dusek/Estadão

MADRI - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse a investidores espanhóis nesta segunda-feira, 6, que "é muito provável que um candidato de 'centro-direita' vença a eleição de 2018 no Brasil". Depois de palestra sobre o futuro da economia brasileira, ele foi questionado por um participante sobre o processo eleitoral no País no ano que vem. Depois, a jornalistas, explicou que o termo não é muito usado no Brasil, mas que era a melhor forma de traduzir a situação para os estrangeiros. "Não acho que a oposição tenha condições de vencer", avaliou.

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Dyogo, então, foi questionado pela imprensa sobre se o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não estaria exatamente encaixado nesse perfil que traçou. "Bom, se nem ele nega mais... Meirelles seria um ótimo presidente do Brasil." Ele havia comentado anteriormente que o processo eleitoral geralmente é "um pouco ruidoso no Brasil" e que a corrida presidencial de 2018 deve contar com "muitos candidatos".

Para o ministro, há muito interesse pelo Brasil tanto por parte de investidores financeiros quanto de operacionais. De acordo com ele, as eleições criam, em qualquer país democrático, uma interrogação sobre quem será novo presidente e como será o novo governo. "Com o desenvolver do processo, isso ficará mais claro não só para investidores estrangeiros como para os locais e vão retomar investimentos fortemente", previu.

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Dyogo disse que não ousa falar em descolamento da economia com a política, mas salientou que há muitos analistas abordando um processo que estaria ocorrendo no Brasil. "Eu não acredito, mas muitos comentam sobre isso. Apesar das crises, a economia está se recuperando. Não quer dizer que é independente. O que é importante nesse processo é: economia com fundamentos sólidos resiste melhor ao processo político", argumentou.

Por isso, de acordo com o ministro, o governo está trabalhando agora, para avançar o máximo possível antes das eleições começarem. Ele citou a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência ainda este ano e da tributária no início de 2018. "O que faremos no próximo ano é simplificar sistema e reduzir conflitos entre os contribuintes e o Fisco. O que podemos fazer neste momento é avançar com tudo o que se pode avançar."

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