PUBLICIDADE

Dilma está reunida com Mercadante no Planalto, dizem fontes

Encontro não constava na agenda da presidente da República e ocorre no dia em que veio à tona a íntegra da delação premiada do senador Delcídio Amaral, que cita o ministro Aloizio Mercadante

PUBLICIDADE

Por Carla Araujo
Atualização:
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, chegou junto com a candidata à reeleição Dilma Rousseff para o debate desta quinta, 16. Foto: JF Dorio/Estadão

Brasília - A presidente Dilma Rousseff está reunida neste momento, início da tarde desta terça-feira, 15, com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, no Palácio do Planalto, segundo fontes. O encontro não constava da agenda de Dilma e foi articulado logo após a revelação de que Mercadante teria tentado subornar um assessor do senador Delcídio Amaral (PT-MS), cuja delação premiada foi homologada nesta segunda-feira, 14, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A revelação de diálogos de conversas de José Eduardo Marzagão, assessor de Delcídio, com Mercadante, um dos ministros mais próximos da presidente, foi confirmada com a

PUBLICIDADE

.

Na deleção premiada, o ex-líder de governo no Senado afirmou que foi procurado por uma assessora ligada a Aloizio Mercadante, chamada Cacá, e pelo próprio ministro. Teria sido prometido a Delcídio dinheiro e ajuda para deixar a prisão e escapar do processo de cassação de mandato. A tentativa de negociação foi feita ao assessor José Eduardo Marzagão, que trabalha para o senador petista.

A aproximação de Cacá e Mercadante tentava evitar que Delcídio não fizesse o acordo de delação. Assim, o governo poderia se tranquilizar com o avanço da Operação Lava Jato.

Os líderes do PSDB da Câmara e do DEM no Senado, Antonio Imbassahy (BA) e Ronaldo Caiado (GO), cobraram que o ministro da Educação seja demitido da pasta. Segundo eles, Mercadante deveria ser preso por tentativa de obstrução das investigações, assim como foi o ex-líder do governo no Senado. Para o deputado Rubens Bueno (PR), líder do PPS, o governo Dilma perdeu o pouco equilíbrio que tinha para governar.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.