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Conselho de Ética aceita parecer pela abertura de processo contra Cunha

Por 11 votos a 9, colegiado aprovou parecer do deputado Marcos Rogério (PDT-RO) para dar prosseguimento ao processo que pede a cassação do presidente da Câmara por quebra de decoro parlamentar.

Por Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - O Conselho de Ética aprovou, nesta terça-feira, 15, o relatório prévio do deputado Marcos Rogério (PDT-RO) que pede a continuidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). A admissibilidade foi aprovada, em votação no painel, por 11 votos favoráveis e nove contrários. Além dessa derrota no colegiado, Cunha também é um dos alvos de nova fase da Operação Lava Jato que fez buscas e apreensões hoje na casa do peemedebista.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha Foto: André Dusek|Estadão

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Minutos antes da votação, aliados de Cunha chegaram a procurar seus adversários no Conselho para tentar fazer um acordo e jogar para amanhã a votação da admissibilidade do processo. O presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), considerou que não houve consenso sobre a proposta do deputado Paulo Azi (DEM-BA) de buscar um acordo de adiamento desde que não houvesse obstrução na sessão de amanhã.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) foi procurado pelos deputados Hugo Motta (PMDB-PB) e André Moura (PSC-SE) que teriam, segundo Delgado, oferecido a possibilidade de voltar atrás de todas as ações para barrar o processo na Casa em troca do adiamento. Para isso, queriam a votação do parecer prévio na quinta-feira, 17. Eles temiam a votação do parecer de Marcos Rogério exatamente no dia da busca e apreensão nas casas do peemedebista.

Segundo fontes, Cunha deu ordem para seus aliados retirarem todos os três requerimentos de adiamento da sessão e "irem para o pau".

Em plenário, o deputado Manoel Júnior (PMDB-PB) disse que os aliados de Cunha tinham a orientação de votar com o relatório, mas devido à não concessão de vista, eles optaram por votar contra o parecer prévio.

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