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Arcebispo de São Paulo lamenta uso de política em ato religioso

D. Odilo Pedro Scherer informou nas redes sociais que não teve participação em cerimônia religiosa convocada por Lula

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Por Redação
Atualização:
O arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer. Foto: Paulo Liebert/Estadão

O cardeal d. Odilo Pedro Scherer, o arcebispo de São Paulo, criticou o uso político no ato religioso em homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia, realizado no sábado, 7, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Nas redes sociais, d. Odilo disse lamentar a "instrumentalização política" da cerimônia, convocada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, antes de se entregar à Polícia Federal.

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No Facebook, a assessoria de imprensa da Arquidiocese de São Paulo ressaltou que nem a instituição nem a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tiveram participação no ato. Além disso, a nota informou que a cerimônia aconteceu fora da jurisdição e responsabilidade do arcebispo da capital.

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A assessoria esclareceu ainda que a cerimônia não foi uma missa, mas um "ato ecumênico". Na sexta-feira, o evento foi anunciado como uma missa em homenagem à ex-primeira-dama, que completaria 68 anos neste fim de semana.

O ato religioso, celebrado por d. Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau, durou cerca de uma hora e acabou se tornando um comício. A Arquidiocese de São Paulo informou neste domingo que se tratava de uma "iniciativa pessoal de quem promoveu o ato".

Na cerimônia, Lula fez seu derradeiro discurso antes da prisão. "Vocês, de agora em diante, não se chamam Chiquinha ou Pedrinho, vocês todos são Lula e vão andar pelo país fazendo o que precisa ser feito”, disse o ex-presidente.

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