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Presidente do PSB diz que decisão de Joaquim Barbosa é 'compreensível'

Carlos Siqueira informou também que o partido deve se reunir nas próximas semanas para discutir se vai tentar viabilizar outra candidatura ao Planalto

Por Igor Gadelha
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse nesta terça-feira, 8, ser compreensível a decisão do ex-ministro Joaquim Barbosa de não ser candidato à Presidência da República pelo partido nas eleições deste ano. O dirigente informou também que o partido deve se reunir nas próximas semanas para discutir se vai tentar viabilizar outra candidatura ao Planalto ou não.

O presidente do PSB contou que esteve com o ex-ministro do STF na semana passada. Foto: Ed Ferreira/Estadão

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"Ele (Barbosa) avisou hoje cedo. Ligou agradecendo muito ao partido, disse que refletiu muito e que tinha decidido não ser candidato.", afirmou Siqueira ao Estadão/Broadcast. De acordo com ele, Barbosa alegou questões de foro íntimo para não disputar. "Disse a ele que era compreensível, porque é uma decisão de foro muito íntimo ser ou não candidato numa eleição", afirmou, sem explicar quais as razões de foro íntimo do ex-ministro.

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O presidente do PSB contou que esteve com o ex-ministro do STF na semana passada, quando acertaram a contratação de assessores e marcação de encontros com economistas e especialistas na área social para discutir pontos de um futuro plano de governo. "Estivemos juntos na semana passada, tomamos uma série de decisões, mas ele recuou", declarou o dirigente partidário.

Siqueira disse que a decisão de Barbosa "não chega a ser completamente uma surpresa". "Essa dúvida ele sempre teve", disse. "Nós nunca asseguramos a legenda para ele, assim como ele nunca assegurou para nós que seria candidato. Então, estava dentro do combinado", acrescentou. O presidente disse que o partido vai discutir o que fazer a partir de agora nas próximas semanas. "Vamos discutir esse assunto posteriormente", declarou.

O ex-ministro também enviou uma mensagem de texto por WhatsApp para o governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

O governador é uma das principais lideranças do PSB pernambucano, uma das alas mais influentes da legenda. Em entrevista ao Estado publicada no sábado, 5, Câmara afirmou que Barbosa precisava "se apresentar" à população, pois o "povo não vai eleger um presidente sem conhecer suas ideias".

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Herdeiro político de Eduardo Campos, o governador pernambucano tenta atrair o PT para uma aliança em torno de sua futura candidatura à reeleição. Mesmo assim, ele disse que os projetos regionais do PSB não impediam uma candidatura própria do partido ao Planalto. 

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Após meses de especulações e articulações de bastidores, Barbosa anunciou sua decisão de não disputar o pleito deste ano, em sua conta no Twitter. "Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Não pretendo ser candidato a Presidente da República. Decisão estritamente pessoal", escreveu o ex-ministro, que havia se filiado ao PSB no final de abril.

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