Marina defende justiça para todos e vê 'pacto de impunidade' contra a Lava Jato

Pré-candidata da Rede à Presidência da República disse em Porto Alegre que lei também deve ser aplicada a Aécio Neves e Michel Temer

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Por Pedro Venceslau
Atualização:
Marina Silva discursa durante lançamento da sua candidatura presidencial pelo partido Rede, no Clube MinasHall, em Brasília. Foto: Dida Sampaio/ Estadão

PORTO ALEGRE - Pré-candidata da Rede à Presidência da República, a ex-ministra Marina Silva disse nessa segunda-feira, 9, que a lei não deve ser "fulanizada" e cobrou a aplicação da justiça a outros políticos, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR) e o presidente Michel Temer.

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+ Presidenciáveis dão ênfase ao social por votos de Lula "A lei deve ser aplicada para todos. A lei não pode ser fulanizada: a lei do Lula, do Aécio, de quem quer que seja. O senador Renan Calheiros se amotinou no Senado e desobedeceu a decisão da mais alta corte desse País. Deram um jeito para que o senador Aécio Neves não fosse afastado, inclusive com a convivência do PT", afirmou Marina. A ex-ministra participa em Porto Alegre do Fórum da Liberdade, evento que reúne boa parte dos presidenciáveis na capital gaúcha.

+ Rede perde dois deputados e pode ficar fora de debates A ex-ministra disse que há um "pacto de impunidade" contra a Lava Jato. Ela defendeu ainda que é preciso combinar a manutenção da prisão em segunda instância com o fim do foro privilegiado.  

"Ainda temos mais de 200 deputados escondidos atrás do Foro. É só ver os senadores Aécio Neves, Renan Calheiros, Romero Jucá, o presidente Michel Temer, os ministros Padilha e Moreira Franco, e tantos outros. Esse é o momento que estamos iniciando um processo. Se não colocar fim ao foro privilegiado, teremos uma situação de dois pesos e duas medidas", disse

+ 'Os que ainda não foram alcançados pela Justiça é porque estão escondidos sob o manto da impunidade', diz Marina Ex-petista, Marina Silva disse que não celebrou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não é algo para celebrar. É um momento difícil da nossa história política ver uma liderança que poderia estar apta para fazer o quiser na política sendo interditada em função de erros que cometeu. Mas a Justiça deve ser aplicada para todos igualmente".