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‘Dúvida joaquiniana’ atormenta decisão de Datena sobre Senado

Apresentador é opção do DEM para eleições em SP; no Rio de Janeiro, Bernardinho será ‘embaixador’ do Novo

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Foto do author Gilberto Amendola
Por Gilberto Amendola
Atualização:

“Estou com uma dúvida ‘joaquiniana’”, brinca o jornalista e apresentador José Luiz Datena, ao falar sobre a possibilidade de disputar uma das duas vagas ao Senado por São Paulo nas eleições deste ano. A frase faz referência direta à decisão do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que na semana passada desistiu de entrar na disputa pela Presidência.

Datena ainda não confirmou a candidatura Foto: CHRISTINA RUFATTO/ESTADÃO-22/6/2017

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Quando uma pesquisa divulgada no mês passado pelo Ibope mostrou o apresentador com 33% de intenções de voto para o Senado, imaginou-se a entrada de mais um outsider na disputa. Dirigentes do DEM – partido ao qual Datena está filiado – se animaram com a hipótese de ter um candidato forte na corrida eleitoral.

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“Eu quero, quero muito, mas tenho dúvidas, muitas dúvidas. Honestamente, não sei se serei candidato”, acrescenta Datena, que garante ter vontade de participar da política, mas, ao mesmo tempo, teme não se adaptar à rotina e às obrigações da vida política.

Datena é um nome sempre lembrado durante as eleições. Já foi quase pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, anunciado como candidato à Presidência da República pelo seu antigo partido, o PRP, e é cotidianamente cogitado para entrar na vida pública.  Dirigentes do DEM comemoraram a entrada de Datena da legenda. “Claro que ele é um nome que o partido recebe com muita alegria. Agora, a decisão de entrar na disputa eleitoral é algo bastante pessoal”, disse o líder do DEM na Câmara, o deputado federal Rodrigo Garcia. 

++ Desistência não esfria cobiça por ‘outsiders’

O partido ainda tem dúvidas sobre um “sim” final e também não trabalha com a hipótese de o apresentador apoiar ou subir no palanque de algum candidato da legenda. O próprio Datena confirma: “Não devo subir no palanque de nenhum político. Nem do presidente do meu partido, o Rodrigo Maia. Ou sou candidato ou não vou apoiar ninguém diretamente”, afirma ele.

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BERNARDINHO NÃO SERÁ CANDIDATO NO RIO

A expectativa de uma candidatura de Bernardo Rocha de Rezende (o Bernardinho) ao governo do Rio de Janeiro era grande. O potencial eleitoral do ex-treinador da seleção brasileira de vôlei enchia o Partido Novo de esperanças de formar também uma bancada de deputados federais (falava-se em até 35 eleitos). Quando Bernardinho voltou atrás, o sonho acabou. Hoje, no Rio de Janeiro, o Novo não deve ter um candidato majoritário e, provavelmente, não irá apoiar nenhum nome de outro partido.

++ Sem Barbosa, especialistas veem poucas chances de um 'outsider' nas eleições

“A princípio, Bernardinho deve participar da campanha dos candidatos do Novo pelo Brasil”, afirmou o presidente da sigla no Rio, Moisés Jardim. A assessoria do atleta vai mais longe e fala que Bernardinho “será o embaixador do Novo”, ajudando a impulsionar a candidatura do pré-candidato da sigla à Presidência, João Amoêdo, e comparecendo a eventos de candidatos a deputados.  No partido, há quem afirme que o Bernardinho “teve medo de ganhar”.

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