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Vaccarezza diz que dinheiro vivo em casa é 'empréstimo de amigo'

Ex-líder dos governos Lula e Dilma, interrogado na Polícia Federal, nesta segunda-feira, 21, alegou que uma parte de mais de R$ 120 mil apreendidos na Operação Abate foi declarada à Receita em 2015 e que o dinheiro será usado para cobrir despesas com cirurgia na próstata

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Por Julia Affonso
Atualização:

Cândido Vaccarezza. Foto: Cassiano Rosário/Futura Press

O ex-deputado Cândido Vaccarezza (ex-PT/SP) afirmou à Polícia Federal nesta segunda-feira, 21, que uma parte do dinheiro vivo apreendido pela Operação Abate em sua casa é 'empréstimo de um amigo' e a outra foi declarada à Receita. O ex-líder dos governos Lula e Dilma na Câmara declarou que o valor seria usado para cobrir despesas de uma cirurgia de remoção de câncer na próstata.

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A Abate, deflagrada na sexta-feira, 18, é a 44.ª etapa da Lava Jato. Os investigadores encontraram ao menos R$ 122 mil em espécie na casa de Vaccarezza, na Mooca, em São Paulo. O ex-deputado foi preso por ordem do juiz federal Sérgio Moro que impôs a ele regime de custódia temporária por cinco dias. Nesta segunda, 21, ele foi interrogado na PF em Curitiba, base da Lava Jato.

O advogado Marcellus Ferreira Pinto, que defende o ex-deputado, informou que o ex-parlamentar respondeu a todos os questionamentos da Polícia Federal.

"Uma parte do dinheiro encontrado está declarada no imposto de renda desde o exercício de 2015, a outra tem origem em um empréstimo contraído por um amigo perante a Caixa Econômica Federal e os documentos comprobatórios serão anexados ainda hoje aos autos. O valor apreendido seria usado para o custeio de uma cirurgia de remoção de câncer na próstata, cujo procedimento preparatório seria realizado hoje (segunda-feira, 21,) pela manhã, em SP, no hospital Sírio Libanês", afirmou.

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Vaccarezza é suspeito de receber propina de US$ 500 mil decorrentes de contratos da Petrobrás.

Segundo seu advogado 'não há provas de participação de Vaccarezza no esquema que vitimou a Petrobrás'.

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"Os indícios são frágeis e incapazes de sustentar uma ação penal", afirmou Marcellus Ferreira PInto.

CONTiNUA APÓS PUBLICIDADE

"A defesa confia nos Tribunais e acredita na soltura de Vaccarezza após o fim do período da prisão temporária."

COM A PALAVRA, O ADVOGADO MARCELLUS FERREIRA PINTO, QUE DEFENDE CÂNDIDO VACCAREZZA

Sobre o depoimento de Cândido Vaccarezza, o advogado Marcellus Ferreira Pinto esclarece, por meio de nota, que todos os questionamentos foram respondidos.Não há provas de participação de Vaccarezza no esquema que vitimou a Petrobras, os indícios são frágeis e incapazes de sustentar uma ação penal. Uma parte do dinheiro encontrado está declarada no imposto de renda desde o exercício de 2015, a outra tem origem em um empréstimo contraído por um amigo perante a Caixa Econômica Federal e os documentos comprobatórios serão anexados ainda hoje aos autos. O valor apreendido seria usado para o custeio de uma cirurgia de remoção de câncer na próstata, cujo procedimento preparatório seria realizado hoje pela manhã, em SP, no hospital Sírio Libanês. A defesa confia nos Tribunais e acredita na soltura de Vaccarezza após o fim do período da prisão temporária.

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