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Tribunal mantém na prisão ex-Gestão de Sérgio Cabral

Wilson Carlos Carvalho, braço direito do ex-governador do Rio, está preso desde novembro de 2016

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Por Julia Affonso e Ricardo Brandt
Atualização:

Wilson Carlos. Foto: Reprodução

O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) manteve o decreto de prisão preventiva do ex-secretário de Gestão do governo Sérgio Cabral (PMDB), Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho. O julgamento do mérito do habeas corpus ocorreu nesta terça-feira, 7, e os desembargadores da 8.ª Turma confirmaram decisão liminar proferida pelo relator João Pedro Gebran Neto, em setembro.

Carvalho está preso desde novembro de 2016. Sérgio Cabral também.

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Em junho deste ano, o ex-Gestão do peemedebista foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a 10 anos e 8 meses de reclusão.

Na ocasião, Moro manteve a prisão preventiva de Carvalho.

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A defesa alegou que a medida cautelar 'é excessiva' e estaria havendo 'antecipação da pena'.

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Os advogados argumentaram ainda que a prisão está baseada 'apenas no que disseram os delatores da empreiteira Andrade Gutierrez, com provas frágeis, fundamentando-se nos mesmos elementos analisados há 10 meses'.

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Segundo o desembargador Gebran, as provas nos autos 'são suficientes para atestar a materialidade e a autoria do delito imputado ao réu'.

O desembargador destacou que a renovação da prisão preventiva na sentença é legal e o que as defesas chamam de excesso e vulgarização das prisões preventivas no âmbito da Operação Lava Jato 'carece de sustentação, pois apenas 15% das colaborações premiadas foram firmadas com réus investigados presos'.

Gebran afirmou que a medida cautelar tem o objetivo de preservar a ordem pública, pois 'além de prevenir o envolvimento do investigado em outros esquemas criminosos, também terá o efeito de impedir ou dificultar novas condutas de ocultação e dissimulação do produto do crime, que ainda não foi recuperado'.

Para o desembargador, também está presente 'o risco à aplicação da lei penal diante da identificação de transações de elevado valor em espécie para evitar o rastreamento do dinheiro'.

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"Apesar de Sérgio Cabral efetivamente não exercer mais cargo público, viu-se no histórico do processo e de outras investigações que tal circunstância sequer é relevante para a manutenção da atividade criminosa por ele e seus associados", ressaltou Gebran.

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