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Toffoli manda para 1ª instância de Natal inquérito contra Rogério Marinho

Parlamentar é investigado por suposto peculato quando ocupava o cargo de vereador da Câmara Municipal de Natal, nos períodos de março de 2003 a março de 2004 e de maio de 2005 a dezembro de 2006

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Por Teo Cury/BRASÍLIA
Atualização:

Dep. Rogério Marinho (PSDB-RN) FOTO Cleia Viana /Câmara dos Deputados Foto: Estadão

BRASÍLIA - O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta terça-feira para a primeira instância de Natal o inquérito que investiga o deputado federal tucano Rogério Marinho (RN). O inquérito apura suposta prática de peculato por Marinho quando ocupava o cargo de vereador da Câmara Municipal de Natal, nos períodos de março de 2003 a março de 2004 e de maio de 2005 a dezembro de 2006.

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Na sexta-feira, Toffoli já havia determinado o envio de processos contra sete parlamentares para outras instâncias. A decisão desta terça foi tomada após o plenário da Corte reduzir na semana passada o alcance do foro privilegiado, no caso de deputados federais e senadores, para crimes cometidos no exercício do mandato e em função do cargo, conforme o entendimento defendido pelo ministro Luís Roberto Barroso.

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"Tratando-se de crimes que não foram praticados no exercício do mandato de Deputado Federal e diante da inaplicabilidade da regra constitucional de prerrogativa de foro, remetam-se os autos a uma das Varas Criminais da Comarca de Natal/RN, para prosseguimento", determinou o ministro, ao declinar competência em relação ao inquérito.

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A reportagem entrou em contato com a defesa do deputado, mas não obteve retorno.

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Ontem, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, decidiu retirar da Corte e encaminhar para o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, a denúncia envolvendo o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) no caso da Refinaria Abreu e Lima, que fica em Pernambuco.

Foi a primeira decisão de Fachin após o plenário do STF ter restringido o foro privilegiado para deputados federais e senadores para crimes cometidos no exercício do mandato e em função do cargo.

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Em dezembro do ano passado, quando o plenário da Corte formou maioria restringir o alcance do foro privilegiado para os crimes cometidos durante o exercício do mandato de parlamentares e que digam respeito ao cargo, o ministro Luís Roberto Barroso determinou o envio de outro inquérito que tinha como alvo o deputado para a primeira instância de Natal.

Naquela ocasião, o julgamento havia sido interrompido por pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Dias Toffoli.

O inquérito que tramitava no Supremo investigava a suposta prática de crimes contra a administração pública ocorridos em 2005 e 2006, quando o tucano ocupava a presidência da Câmara de Vereadores da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Com a decisão de Barroso, os autos do processo serão enviados à 8ª Vara Criminal da Comarca de Natal.

A reportagem entrou em contato com a defesa do deputado, mas não obteve retorno.

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