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Promotores elegem Gianpaolo Smanio para procurador-geral de Justiça em SP

Nomeação ainda depende de aval do governador Geraldo Alckmin, a quem cabe escolher o chefe do Ministério Público de São Paulo

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Foto do author Fausto Macedo
Foto do author Julia Affonso
Por Fausto Macedo e Julia Affonso
Atualização:

Gianpaolo Smanio. Foto: Divulgação

O procurador de Justiça Gianpaolo Smanio foi eleito neste sábado, 9, primeiro lugar geral na lista tríplice para procurador-geral de Justiça de São Paulo. Com 932 votos, Smanio - candidato do atual chefe do Ministério Público paulista, Márcio Fernando Elias Rosa -, superou seus oponentes, os procuradores Eloisa Arruda (850 votos) e Pedro Juliotti (547 votos).

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De um colégio de 2.027 eleitores (promotores e procuradores), votaram 1.885 (92.99%). Os promotores podem votar nos três nomes.

Apontado como um profissional conciliador, dono de temperamento sereno, mas firme em sua decisões, Smanio usou, durante sua campanha, percorrendo as Promotorias em todo o Estado, um slogan. "Primeiro a diplomacia, depois a guerra."

A lista com os três procuradores deverá ser levada neste domingo, 10, para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que detém prerrogativa constitucional de escolher qualquer um dos três eleitos, independentemente da colocação obtida. A Promotoria é governada pelo procurador Márcio Fernando Elias Rosa há quatro anos. "O resultado (da eleição) é um reconhecimento da classe a um modelo de gestão do Ministério Público que privilegia o equilíbrio, a conciliação e o interesse público", afirmou Elias Rosa.

Gianpaolo Smanio, de 51 anos e natural de Campinas (SP), é procurador de Justiça e integra o Ministério Público desde 1988. É bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre e doutor em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Smanio tem 21 livros publicados, leciona no Instituto Presbiteriano Mackenzie e integra o corpo docente do Damásio Educacional.

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-> Por que quero ser procurador-geral de Justiça

-> Modernizar e regionalizar o Ministério Público, propõe Gianpaolo Smanio

Tradicionalmente, o primeiro lugar na lista é o indicado pelo Palácio dos Bandeirantes. Em duas ocasiões, porém, isso não ocorreu. Em 1996, o então governador Mario Covas escolheu o segundo da lista. Em 2012, Alckmin também escolheu o segundo colocado, Márcio Fernando Elias Rosa, que reelegeu-se em 2014.

O governador tem 15 dias para fazer sua escolha.

Nesta semana, a Associação Paulista do Ministério Público (APMP) coletou mais de 550 assinaturas de promotores e procuradores de Justiça de todo o Estado para a campanha #queroomaisvotado para Procurador-Geral de Justiça.

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