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Procuradoria defende investigações contra Alckmin, Richa, Marconi, Confúcio e Colombo na primeira instância

Ministério Público Federal, em manifestações ao Superior Tribunal de Justiça alega que políticos perderam o foro privilegiado ao deixarem cargo por eleições 2018

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Foto do author Amanda Pupo
Por Rafael Moraes Moura , Amanda Pupo (Broadcast) e Breno Pires/BRASÍLIA
Atualização:

Geraldo Alckmin. FOTO SERGIO CASTRO/ESTADÃO. Foto: Estadão

O Ministério Público Federal pediu que investigações contra cinco governadores que deixaram o cargo recentemente saiam do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e desçam para as instâncias competentes, já que esses políticos perderam o foro privilegiado, segundo o Broadcast Político apurou.

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Os pedidos envolvem inquéritos e ações penais em tramitação no STJ - muitos deles são sigilosos. Segundo o Broadcast Político apurou, há pedido para que investigação contra o ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, seja encaminhada à Justiça Eleitoral.

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Beto Richa FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADAO  

Além de Alckmin, o Broadcast Político apurou que os pedidos para que as investigações desçam para outras instâncias envolvem Beto Richa (PSDB-PR), Marconi Perillo (PSDB-GO), Confúcio Moura (MDB-RO) e Raimundo Colombo (PSD-SC), que também deixaram nos últimos dias o comando do Executivo local.

Os governadores detêm prerrogativa de foro privilegiado na Corte Especial do STJ, que analisa as acusações.

DELAÇÃO. Força-tarefa do Ministério Público Federal requereu ao vice-procurador da República Luciano Mariz Maia que remeta "o mais rápido possível" inquérito sobre Alckmin, citado por delatores da Odebrecht como beneficiário de recursos para campanha eleitoral. Cunhado do tucano, Adhemar Cesar Ribeiro, também é alvo da investigação. O documento é subscrito por nove procuradores da República.

Marconi Perillo. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

As investigações sobre o tucano eram de competência do STJ até o último dia em que permaneceu no Palácio dos Bandeirantes. Alckmin renunciou ao cargo na última sexta-feira, 6, para disputar a indicação de seu partido para concorrer a Presidente da República.

Em despacho encaminhado à Força-Tarefa da Lava Jato de SP (FTLJ-SP) nesta terça-feira (10), o vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, destacou que a apuração de Alckmin "não tem como procuradores naturais" a Força-Tarefa da Lava Jato de SP e que o grupo não "compartilhou qualquer informação que faça supor trata-se de feito conexo, correlato ou daqueles decorrentes".

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Raimundo Colombo FOTO: ANDRE DUSEK/ESTADAO  

"Assim, comprometo-me a informar a FTLJ SP o juízo considerado competente pelo STJ, para que, perante o mesmo, se for o caso, os integrantes solicitem o compartilhamento de provas", escreveu o vice-PGR.

Mariz Maia ainda disse que também não foi informado sobre a alegada urgência no encaminhamento das investigações e ressaltou que não lhe parece "cabível falar-se em encaminhamento à força tarefa de feitos judiciais".

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