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Defesa vê 'açodamento' de procuradores que querem investigar Alckmin sem foro

Advogado José Eduardo Alckmin, que representa o ex-governador, diz que se surpreendeu com a ofensiva da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo 'já que o processo está tramitando normalmente'

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Por Luiz Vassallo e Fausto Macedo
Atualização:

FOTO SERGIO CASTRO/ESTADÃO. Foto: Estadão

A defesa do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, nesta quarta-feira, 11, ver 'açodamento' na ofensiva da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, que pediu - 'o mais rápido possível' - que o inquérito contra o tucano deixe a Procuradoria-Geral da República e seja deslocado para competência dos procuradores federais em São Paulo.

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O advogado José Eduardo Alckmin, que defende o ex-governador, diz que se 'surpreendeu com a notícia do açodamento de setores do Ministério Público Federal, já que o processo está tramitando normalmente e será remetido, em termo oportuno, para instância competente'.

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O advogado é taxativo. "Espera-se que a apuração dos fatos continue a ser feita de forma isenta e equilibrada, sem contaminação política. Ela repele a ideia que o inquérito, enquanto tramitou no STJ e na PGR, tenha servido de 'blindagem' para o ex-governador", afirma.

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O ex-governador é citado por delatores da Odebrecht como suposto beneficiário de recursos para campanha eleitoral. O cunhado do tucano, Adhemar Cesar Ribeiro, também é alvo da investigação.

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O documento da Lava Jato que quer assumir a investigação sobre o tucano é subscrito por nove procuradores da República.

A força-tarefa da Lava Jato em São Paulo requereu ao subprocurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, representante do Ministério Público Federal na Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, que remeta o inquérito de Alckmin que tramita na corte à Procuradoria em São Paulo.

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Alckmin renunciou ao cargo na última sexta-feira, 6, para disputar a indicação de seu partido na corrida pela Presidência. Dessa forma, ele perdeu o foro por prerrogativa de função.

De acordo com os delatores da empreiteira, Alckmin teria usado Adhemar para o recebimento de R$ 10,5 milhões do departamento de propinas da Odebrecht.

As investigações sobre o tucano eram de competência do Superior Tribunal de Justiça até o último dia em que permaneceu no Palácio dos Bandeirantes.

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