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'Poucos brasileiros conseguem entender o que o senhor está fazendo pelo Brasil'

Três dias depois de ser hostilizado por brasileiras em Lisboa, ministro do Supremo Gilmar Mendes ouve elogios de um homem que o abordou em uma loja no famoso El Corte Inglês e, em outro momento, até falou sobre Lula

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Por Julia Affonso , Luiz Vassallo e Fausto Macedo
Atualização:

Gilmar Mendes. Foto: AFP PHOTO / EVARISTO SA

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, ouviu elogios, nesta terça-feira, 16, em Lisboa. Três dias depois de ser hostilizado por duas brasileiras quando passeava no Chiado, desta vez ele foi abordado por um homem no interior de uma loja no famoso shopping El Corte Inglês, na capital portuguesa.

"Ministro, prazer grande conhecê-lo, apertar sua mão e entender o que o sr está fazendo pelo Brasil", disse o homem. "Poucos brasileiros conseguem entender, tá certo? É a garantia da liberdade, a garantia dos direitos."

Gilmar respondeu. "Momento difícil."

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O ministro do Supremo agradeceu e continuou o passeio.

Em outro momento, ele conversou com um rapaz em um restaurante. "Em relação ao presidente Lula, qual é a sua opinião?", indagou o jovem.

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Gilmar disse. "Essa matéria terá que ser decidida pelos tribunais. A rigor é uma questão que tem que ser decidida pelos tribunais. Obviamente, no Brasil há recursos e é importante que haja recursos para tribunais superiores."

Ele está de férias em Lisboa desde o Natal.

No sábado, 13, o ministro havia sido hostilizado por duas brasileiras.

"O senhor é de uma injustiça imensurável! Inclusive deve estar querendo se disfarçar aqui, né? Andando como um comum dos mortais. Coisa que não é! O senhor não tem vergonha do que o senhor faz pelo país?"

"Quem pode garantir que amanhã não pode ser você?"

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Gilmar é crítico das prisões preventivas e conduções coercitivas na Operação Lava Jato.

No ano passado, o ministro acolheu pedidos das defesas e mandou soltar investigados que foram alvo de importantes operações da Polícia Federal. Por decisões de Gilmar, ganharam a liberdade o empresário Jacob Barata Filho, o 'Rei do ônibus', o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho (PMDB), e Eike Batista.

Juristas chegaram a protocolar um pedido de impeachment e a força-tarefa da Lava Jato no Rio pediu sua suspeição para julgar casos relacionados a Barata.

Sempre que o questionam sobre suas medidas polêmicas, o ministro tem reiterado que toma decisões com base na Constituição e nas leis.

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