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PF não pode ser alijada de discussão sobre fake news, diz Segovia

Diretor-geral da Polícia Federal defendeu a participação da corporação nas discussões do Tribunal Superior Eleitoral

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Por Rafael Moraes Moura e Breno Pires/ BRASÍLIA
Atualização:

Fernando Segóvia. FOTO: ZECA RIBEIRO/CÂMARA DOS DEPUTADOS Foto: Estadão

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, defendeu nesta quinta-feira (16) o envolvimento da instituição nas discussões no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre os riscos da disseminação de "fake news" na campanha de 2018.

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O TSE prepara uma força-tarefa para combater a disseminação de "fake news" (notícias falsas) nas disputas do próximo ano, e integrantes do tribunal já se reuniram com representantes do Google e do Facebook para tratar do tema, conforme revelou o jornal "O Estado de S. Paulo".

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Em meio à ofensiva da Corte Eleitoral, entidades da sociedade civil reagiram à inclusão do Exército, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Federal (PF) nas discussões, temendo que haja margem para excessos e ameaça à liberdade de expressão.

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"Eu acho que dentro de uma sociedade democrática onde a Polícia Federal faz o seu papel investigativo, ela não pode ser alijada de qualquer possibilidade de crime que aconteça dentro da sociedade. Eu acredito que [a crítica de entidades] é uma opinião", disse o diretor-geral da PF.

"A Polícia Federal é uma polícia judiciária, então qualquer notícia de crime que esteja acontecendo no País vai ser apurada", completou.

Segóvia participou de solenidade no TSE em que foi assinado um acordo de cooperação técnica entre a Corte Eleitoral e a Polícia Federal para o compartilhamento de bancos de dados de impressões digitais, conforme antecipou a "Coluna do Estadão".

Acordo. Sobre o compartilhamento do banco de dados do TSE e da PF, Segovia disse que a parceria vai melhorar a vida do cidadão brasileiro, com a possibilidade de redução de 60% do tempo de espera no atendimento daqueles que forem emitir um passaporte - e já tiverem o dado biométrico cadastrado na Corte Eleitoral.

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"Com isso, a gente espera que o cidadão não precisar mais ficar fazendo coleta de impressões digitais, biometrias. Isso vai reduzir bastante o tempo de atendimento e lógico consequentemente o cidadão vai melhorar o recebimento do documento dele", comentou o novo diretor-geral da PF.

De acordo com o TSE, cerca de 68 milhões de eleitores brasileiros já tiveram os seus dados biométricos registrados até agora. A expectativa é de que a coleta de dados seja concluída em 2022.

"A polícia nos tem ajudado, como também nos tem ajudado na questão de prestação de contas e de identificação dos desvios, práticas que determinadas pessoas costumam desenvolver. Em suma, temos tido parceria bastante intensa e isso vai continuar", disse o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes.

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